Os perigos são diversos. Além de causar doenças, como micoses e febre tifoide, o mau gerenciamento dos resíduos sólidos resulta na poluição do solo e do ar, no entupimento das redes de drenagem, em enchentes, na degradação ambiental, na depreciação imobiliária, entre outros problemas. E a importância de planejar ações para o gerenciamento de resíduos sólidos, segundo Rae, é justamente para evitar a contaminação do meio ambiente e a transmissão de doenças.
O engenheiro explica que existem políticas nacionais e estaduais que estabelecem, para algumas empresas, a obrigatoriedade de ter um plano de gerenciamento de resíduos. “Essas empresas produzem resíduos tóxicos e que precisam da destinação correta. Postos de gasolina, indústrias e empresas da construção civil precisam estar atentas às políticas do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina), dependendo do lixo que produzem precisam contratar uma empresa privada para fazer a coleta e o tratamento dos resíduos”, conta.
Já para as micro e pequenas empresas, ele esclarece que também precisam ter a preocupação de dar o destino certo aos resíduos sólidos, de materiais como lâmpadas, pilhas e baterias. Uma boa alternativa é a coleta seletiva. A separação do lixo evita a contaminação dos materiais reaproveitáveis, aumentando seu valor agregado e diminuindo os custos com a reciclagem. “É importante verificar as alternativas que a região oferece e conhecer o destino que os materiais podem ter”, relata.
Assunto foi tema de bate-papo
O planejamento e implantação de ações para o gerenciamento de resíduos sólidos foi abordado durante o bate-papo com Rae, da Compuciclado, na terça-feira (19/04), na sede da AEMFLO e CDL-SJ, em Barreiros. O evento foi realizado pelo Nume (Núcleo da Mulher Empresária) e CSA (Câmara Socioambiental), ambos das entidades.
Rae abordou os impactos dos resíduos sólidos na degradação do planeta e a importância de iniciar processos de destinação de resíduos, tanto nas empresas quanto nas residências. O palestrante explicou como gerenciar ações e planos para dar o destino correto para os resíduos, buscando ao máximo a reciclagem e a reutilização.
A coordenadora do Nume, Juliana Simon, afirma que o tema é de extrema importância, mas ainda gera dúvidas nos empresários e na comunidade em geral. “Unimos integrantes do Nume e da CSA, proporcionando aos participantes do evento uma breve capacitação sobre a questão. Além de gerar network, alinhamos ações futuras buscando uma solução conjunta para um problema comum, fortalecendo ainda mais nossa representatividade e a melhoria do ambiente empresarial”, destaca.
Já a coordenadora da CSA, Cristine Cabral, diz que o evento foi gratificante. “Um grande desafio para todos nós é adequar o destino dos resíduos que geramos todos os dias. Seja qual for o resíduo, sempre haverá um destino mais adequado e é importante que todos se informem sobre como agir”, conta. Cristine relata que quanto mais informações termos sobre o assunto, mais vamos tomando consciência da nossa responsabilidade e pequenas ações fazem a diferença. “O encontro foi muito positivo, pois nos fez repensar a forma de consumo e descarte, reduzir o que é possível e mostrou a importância de reutilização e reciclagem”, conclui.
No bate-papo, foram arrecadados 27 litros e 15 quilos em itens de limpeza. Os produtos serão todos doados ao Lar Chico Xavier, de Biguaçu, que acolhe crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, aguardando adoção ou decisão judicial.
