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Aumento do IOF deve mudar a forma de viajar para o exterior

15/01/2014

A viagem em março deste ano à Cancun, México, entre quatro amigas, está planejada desde o ano passado, mas foi surpreendida no dia 28 de dezembro. E agora, Laís e as amigas terão que reformular o que vão gastar durante as férias.

É que neste dia, a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incidente nos pagamentos em moeda estrangeira feitas com cartão de débito, saques em moeda estrangeira no exterior, compras de cheques de viagem (traveller checks) e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira teve elevação de 0,38% para 6,38%. A medida passa a ter a mesma tributação que incide sobre os cartões de crédito internacionais.

“Vamos fazer carregamento no pré-pago, com o planejamento de tudo o que vamos comprar, incluindo a taxa e levar também dinheiro em espécie”, conta a bancária Laís da Costa Santos.

O governo alega que dessa forma será evitado que um meio de pagamento seja preterido por outros em decorrência da estrutura de tributação. A Secretaria da Fazenda estima arrecadar R$ 552 milhões por ano com a medida. A tributação sobre as compras de moeda estrangeira em espécie feitas no mercado de câmbio brasileiro não sofreram alteração e permanecem em 0,38%.

O sócio consultor da WPI Consultoria, Vitor Hugo Ikeda, explica que a forma com que o brasileiro viaja mudará de acordo com o perfil do consumidor. “Para a maioria que prefere sempre a redução de despesas, a viagem vai mudar. E devem voltar a agir como antigamente, antes dos cartões se popularizarem, utilizando bolsas de dinheiro na cintura”, comenta. O consultor financeiro também palpita que essa será a melhor forma de viajar no momento. “Os brasileiros tendem a aumentar a quantidade de dinheiro em espécie perante as outras modalidades que sofrem a incidência de 6,38%.” diz.

Já as empresas sofrerão impactos de acordo com o respectivo setor. O consultor acredita que as mais atingidas serão as corretoras que preveem  aumento de custos e de riscos, tendo em vista que a logística para trabalhar com dinheiro em papel é mais complexa e ainda terão de movimentar grandes montantes em espécie. Entretanto, segundo ele, com a elevação do custo para comprar fora, a indústria nacional torna-se mais competitiva.

15/01/2014

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