Mas uma venda bem feita, com a análise criteriosa do cliente, tendo como base em seu perfil e seu histórico, a coleta de dados com o endereço completo, comprovante de residência, renda familiar, entre outros, tornam os efeitos da negativação muito mais eficiente, de forma que as restrições motivem o inadimplente a regularizar seus débitos. Por isso, é de extrema importância conhecer os clientes. E esses dados podem ser consultados e analisados pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
A FCDL-SC indica que a melhor e mais eficiente ferramenta para a coleta de dados dos clientes é a ficha cadastral. Para amparar legalmente um possível futuro registro de negativação, ela deve ser assinada pelo cliente, de preferência com assinatura igual a de um documento de identificação fornecido. Se possível, sejam efetuadas cópias físicas ou digitalizadas de documentos e comprovantes de renda e residência, bem como o registro fotográfico da face do cliente e a coleta de digitais por leitor biométrico.
Em razão de mudanças que ocorrem ao longo do tempo, no endereço, na situação financeira e no patrimônio das pessoas, não basta fazer o cadastro do cliente apenas uma vez. É necessário realizar atualizações periódicas, para manter, aumentar ou reduzir o crédito do cliente. A FCDL-SC sugere definir o prazo máximo de seis a doze meses para a validade do cadastro de um cliente e providenciar sua atualização no momento de uma nova compra.
O vice-presidente de Assistência e Serviços da CDL-SJ, Sérgio Murilo da Silva, reforça que com análise dos dados do cliente é possível tomar decisões mais assertivas e que, embora demande um certo tempo, o esforço minimiza o risco. “Conhecer o seu público é fundamental em todos os sentidos. Os dados atualizados podem ser decisivos para determinar ações e é uma maneira eficiente de evitar fraudes, auxilia no combate à inadimplência e minimiza os riscos da concessão do crédito.”, relata.
