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Reflexo da crise, desemprego cresce em todo o país

O economista Álvaro Dezidério da Luz afirma que o desemprego é resultado da desaceleração da economia brasileira, que já vem ocorrendo desde o ano passado. “Acontece que as empresas aguardaram para fazer as demissões somente após a certeza de que política econômica do governo Dilma não seria diferente do que foi observado em 2014 e em parte de 2015”, diz. Ele explica que, como uma demissão é cara, as empresas postergaram o quanto puderam esse processo, fazendo-o de forma acentuada nesse primeiro trimestre.

Entre os Estados, Santa Catarina registrou a menor taxa de desocupação, de 6%, seguida por Rio Grande do Sul e Rondônia, ambos com 7,5%. Os maiores índices foram observados na Bahia (15,5%), no Rio Grande do Norte e Amapá, ambos com 14,3%. Luz explica porque o Estado catarinense se destacou dos demais. “Santa Catarina possui uma economia diversificada. Como o Estado tem uma forte base industrial metalmecânica no Norte, uma indústria extrativista no Sul e um grande desenvolvimento agrícola no Centro e o no Oeste, esses setores possuem dinâmicas diferentes em termos de efeitos da crise”, relata, completando que essas dinâmicas combinadas acabam por reduzir a velocidade com a qual esse processo tem efeito no país.

O economista ressalta ainda que a força de trabalho em Santa Catarina possui, em média, mais qualificação educacional do que a média das demais regiões brasileiras. “O desemprego sempre se inicia pela parte menos educada e com menor qualificação”, conta.

Perspectiva para os próximos meses

Luz destaca que, infelizmente, as demissões devem continuar em alta nos próximos meses. “É provável que a taxa alcance algo em torno de 14% ou 15%, antes de começar a reduzir. O desemprego é uma variável econômica defasada. Ele costuma aparecer após uma piora bastante grave e continuada no ambiente econômico e só é revertido após uma melhora duradoura e consistente”, afirma. O economista explica que é preciso reverter o quadro recessivo para que o desemprego pare de aumentar e o Brasil volte a crescer. “Mas isso ainda vai demorar”, reflete.

Para que o país reverta esse cenário negativo será necessário implantar reformas para conter as despesas públicas, conter também a inflação e melhorar o ambiente de negócios com regras mais claras, analisa o economista. “Após essas três medidas surtirem efeitos, poderemos reduzir juros. E, se tudo correr bem no ambiente político, que é uma variável importante, o país conseguirá reverter essa crise”, conclui.

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