A concessionária atendeu a medida da agência reguladora, porém emitiu ordens para os funcionários cobrirem os guichês com lonas pretas e o acesso foi impedido com o uso de cones, deixando apenas uma pista para cada sentido da rodovia, afunilando a passagem de motoristas. Ao invés de agilidade e fluidez, a norma causou filas e indignação dos motoristas no primeiro dia de liberação da praça de pedágio.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a partir do início desta semana estão sendo liberadas duas pistas, com fluxo livre para os dois sentidos da via e o tráfego deve melhorar. No local da praça de pedágio foi montado um ponto de fiscalização com radares móveis que sinaliza o limite de velocidade em 60 KM/h.
Autopista Litoral Sul: uma empresa irregular
A cobrança irregular do pedágio foi apontada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) em 2012. Segundo o órgão, a concessionária aumentou indevidamente o preço do pedágio em 15,4%, nos primeiros cinco anos de concessão. Isso aconteceu porque a Autopista Litoral Sul incluiu os valores, como se tivesse realizado as obras previstas em contrato, no cálculo de reajuste anual da tarifa.
Outros problemas com a concessionária foram apontados no dossiê sobre as atividades da empresa durante os anos de concessão, preparado pelo jornal Diário Catarinense. O documento revelou que a Autopista Litoral Sul descumpriu prazos do edital e, com isso, chegaria a um lucro indevido de cerca de R$ 790 milhões até o fim da concessão.
O principal problema é o atraso para iniciar a construção da Alça de Contorno da BR-101, que há 15 anos é esperada em caráter de urgência para desafogar o trânsito na região metropolitana de Florianópolis, porém, vem tendo o início das obras postergado consecutivamente. O último prazo prometido foi de início das obras em 2014 e conclusão somente para 2017.
Com informações do Diário Catarinense