O programa visa permitir que o segmento do comércio varejista de venda e revenda de autopeças e prestação de serviços para veículos automotores se reúna e promova melhorias conjuntas. Foram escolhidas inicialmente as empresas situadas ao longo das avenidas Leoberto Leal e Max Schramm. “É possível articular os empresários de modo que muitas ações conjuntas sejam realizadas em benefício do segmento, mas as mudanças só aconteceram se houver a participação e o envolvimento dos empresários”, ressalta Armando Carreirão, agente de articulação do Sebrae/SC em São José. “Com a presença em grande número dos empresários neste evento, foi possível constatar que o pólo tem chances reais de acontecer”, comemorou Carreirão.
Aproveitando a boa aceitação da idéia, já foi marcada uma reunião de trabalho para o próximo dia 25 de setembro. De acordo com Armando Carreirão, com a adesão dos empresários do segmento, esta idéia será transformada em projeto e, a partir daí, serão buscados os recursos junto aos organismos de fomento. “O passo seguinte é fazer o pólo virar realidade”.
REFERÊNCIA ESTADUAL
Ricardo Florence disse que o pólo automotivo de Nova Iguaçu existe formalmente há dois anos, mas as empresas já tinham uma atuação conjunta desde 2004, o que origem ao pólo, formado por 120 empresas instaladas ao longo da Avenida Nilo Peçanha.
O município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, tem cerca de 2 milhões de habitantes e fica a 50 quilômetros do Centro do Rio de Janeiro. “Somos hoje uma referência nacional no segmento automotivo e estamos em busca agora de projeção nacional”, afirma Florence.
Ele explica que há 30 anos a região de Nova Iguaçu já era conhecida como área de concentração de empresas ligadas ao segmento automotivo, mas atualmente o comércio está muito mais forte. Hoje, numa única Avenida são oferece um mix de produtos e serviços voltados ao setor de autopeças e serviços que atrai, além de consumidores da capital fluminense, clientes de municípios vizinhos da Região dos Lagos, Região Serrana e da Costa Verde. “O cliente sabe que ali ele vai encontrar o que procura e a um bom preço; este o nosso grande diferencial”, garante o empresário, dono de sete lojas na mesma rua.
ASSOCIAÇÃO
Para ele, o associativismo foi a solução encontrada para diversos problemas enfrentados pelos comerciantes da sua cidade. “Por intermédio da associação temos condições de pressionar ao setor público para resolver problemas comuns dos lojistas; hoje contamos até com uma assessoria jurídica para nos atender”, explica Florence.
O empresário Valdoir Duarte, dono da Badu Autopeças, localizada em São José, afirma que a maior dificuldade hoje dos lojistas está na negociação com os fornecedores.
“Precisamos nos articular para fazer compras conjuntas”, defende. “A boa compra é que vai determinar o sucesso da venda”.
Também o empresário Tiago Dalbosco, da Mecânica Dalbosco, se disse empolgado com a proposta do Pólo Automotivo. “Vou participar e trazer outros empresários para cá; só temos a ganhar com esta iniciativa”, ele avalia.
