A projeção para 2026 aponta manutenção do avanço do comércio de São José, porém em ritmo moderado. A expectativa da AEMFLO e da CDL de São José é baseada na análise econômica realizada pela a área de economia das entidades. Segundo o estudo, a taxa Selic de 15% ao ano segue como fator que reduz o acesso ao crédito e limita investimentos, o que pode desacelerar a atividade econômica. Ainda assim, as análises indicam continuidade da expansão do setor, sem sinais de retração.
Um dos elementos que podem favorecer o varejo no próximo ano é a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com renda mensal de até R$5 mil. A mudança aumentará a renda disponível de aproximadamente 10 milhões de brasileiros e tende a fortalecer o consumo, com efeitos diretos no desempenho do comércio local.
A AEMFLO e a CDL de São José avaliam que o município seguirá com condições para que as empresas do setor avancem em 2026. “As empresas de São José têm condições de aproveitar esse cenário e avançar com responsabilidade e planejamento”, afirma o presidente das entidades, Gilberto Rech.
Comércio avança em 2025 e mantém ritmo acima da média nacional
O comércio varejista de São José encerra 2025 em expansão e acompanha o movimento da economia de Santa Catarina, que cresce em ritmo superior ao do país. O município alcançou 140 mil trabalhadores formais em outubro, dos quais 30,5 mil atuam no setor comercial. O segmento representa 22% de todos os empregos com carteira assinada na cidade.
Para o presidente Gilberto Rech, o nível de emprego tem impacto direto sobre o comportamento do varejo. “Mais pessoas empregadas significam mais renda e maior capacidade de consumo. Esse movimento impulsiona as vendas e fortalece o comércio da cidade”, declara.
Ao longo do ano, o comércio josefense abriu 480 novos postos formais, resultado que corresponde a alta de 1,6% frente a 2024. Os dados confirmam o papel do varejo como motor da atividade econômica local.
Entre janeiro e setembro de 2025, o volume de vendas do comércio varejista também registrou crescimento. O Brasil avançou 1,5% no período, enquanto Santa Catarina atingiu 5,9%, desempenho quase quatro vezes maior que o nacional.
O mercado de trabalho segue como elemento decisivo para este resultado. Em outubro, o país apresentou taxa de desocupação de 5,4%, e Santa Catarina registrou 2,3%, o menor índice do Brasil.
Foto: Prefeitura Municipal de São José