A licença para o início dos trabalhos foi concedido pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no dia 23 de março. O prazo para a conclusão da Alça de Contorno é abril de 2018.
No entanto, o vice-presidente de Patrimônio da AEMFLO, Nelson Silveira, não está confiante de que a obra seja entregue no prazo. “As obras parecem não evoluir e, infelizmente, desacredito na entrega efetiva e dentro do prazo, dessa importante construção para a nossa região. Além do mais, as desapropriações no local ainda não foram acertadas. Segundo informações, os moradores não estão aceitando os valores das indenizações e as obras estão começando com liminar da justiça. A história ainda será longa”, declara.
A obra
A Alça de Contorno terá cerca de 50 quilômetros de pista dupla, seis trevos, 22 passagens em desnível, três viadutos, 12 pontes e oito túneis. O licenciamento ambiental da rodovia foi dividido nos trechos Norte (Biguaçu), Intermediário (São José) e Sul (Palhoça). De acordo com a assessoria de imprensa da Autopista Litoral Sul, as obras no trecho em São José estão sendo realizadas por duas empresas contratadas, a Toniolo e Pavsolo) e incluem terraplenagem, drenagem, construção de uma ponte, um viaduto, uma passagem em desnível e um trevo. A assessoria declara ainda que 50% da obra nesse trecho já foi executada.
No entanto, segundo Silveira, que também é integrante da comissão de mobilidade do COMDES, há dúvidas quanto a essa entrega alegada pela assessoria. “Os dois túneis e a obra da ponte sobre o rio Imaruim, se quer foram iniciadas, e elas estão previstas no trecho São José. Esperamos que haja transparência técnica nas informações prestadas à sociedade, que sofre os prejuízos causados pelo descaso e a falta de mobilidade urbana na região”, finaliza.
Outra empresa foi contratada pela Autopista, a Empo, para iniciar a obra no trecho Norte, entre os KM 177 e 184, em Biguaçu. “Primeiramente serão feitas as medições topográficas, a instalação de escritório de obras no trecho, o corte de árvores, limpeza dos terrenos e serão instaladas as cercas no local”, detalha Marcos Guedes, gerente de planejamento estratégico da Autopista Litoral Sul.
