Até o momento, cada banco seguia sua própria regra e algumas instituições permitiam o pagamento mínimo menor que 10% do valor total da fatura, o que deixava o consumidor em uma bola de neve. Afinal, a taxa de juros cobrada nos cartões é em média de 10,69% ao mês, a dívida do cliente diminuiria caso ele pagasse, por exemplo, 9% da fatura. Agora, ao pagar os 15% mínimos, a dívida vai cair apesar dos juros atualmente cobrados. Em um caso de uma fatura de R$ 800, o mínimo a pagar é R$ 120. Aplicando 10,79% de juros na dívida que restou (R$ 680), ela passa para R$ 753,37, o valor fica um pouco menor e o consumidor se endivida menos.
De acordo com uma avaliação do vice-presidente de Assistência e Serviços da CDL-SJ (Câmara de Dirigentes e Lojistas), o objetivo do governo foi reavaliar o sistema financeiro e colocar regras para as operadoras de cartão. “O que muita gente não sabe, é que as operadoras de cartão de crédito agiam cada uma de um jeito no Brasil, fazendo regras próprias. Por isso acredito que a medida é positiva, pois o governo está tomando aos poucos conta da situação, afinal antigamente o consumidor era refém dessas empresas”, explica Paiva.
