
Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), as motos representam 20% da frota brasileira, isso significa que elas são responsáveis por 17% de todo o monóxido de carbono lançado no ar. Isso acontece pois esses veículos não são fabricados com injeção eletrônica e sim a carburação, por exemplo, uma moto nova emite em média 2,3 gramas de monóxido de carbono por quilômetro rodado, enquanto um carro novo emite 0,34 gramas, ou seja, a moto polui oito vezes mais.
Tanto a Cetesb, quanto a Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas) afirmam que os carros têm tecnologia mais evoluída e emitem menos poluentes porque o Proconve (Programa Federal de Controle da Poluição por Veículos) existe há 20 anos. Porém, o Promot (Programa de Controle da Poluição por Motos) foi criado apenas em 2003. Por isso, parte das motos existentes emitem 5 gramas do poluente (exigência atual do Promot) e as fabricadas antes de 2003 emitem 13 gramas ou mais.
Para reduzir as emissões, é preciso pôr catalisadores em todas as motos – hoje, as de baixa cilindrada normalmente não possuem esse item. Outro passo será trocar os carburadores por injeção eletrônica. Segundo a Abraciclo, as mudanças irão encarecer a produção e o preço final das motos.