Os dados foram levantados no período de março a maio de 2009, com 4,2 mil empresários listados no Cadastro de Estabelecimentos Empregadores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A entidade também ouviu mais 2,8 mil empresários constantes no banco de clientes do próprio Sebrae.
O estudo mostra que em cinco anos a quantidade de empresários que usaram o serviço de empréstimos bancários cresceu 15 pontos percentuais. Passou de 7% em 2005 para 22% em 2008. “É um volume significativo. O crédito para pessoas jurídicas tem aumentado mais que a oferta global de crédito”, afirma Carlos Alberto dos Santos, diretor nacional de Administração e Finanças do Sebrae, que tentou uma leitura positiva dos dados em relação ao crédito, apesar de o levantamento indicar alguns problemas entre empresários e instituições financeiras.
Tanto os entrevistados do cadastro do MTE quanto os da lista do Sebrae se mostraram hesitantes em buscar recursos bancários. Nos dois cadastros, 71% dos empresários disseram não buscar linhas de crédito específicas para pessoas jurídicas ou usar fontes alternativas de financiamento.
Um dado que reflete essa barreira entre o sistema bancário e os empresários é o de utilização do cartão de crédito e do cheque especial. 49% afirmaram fazer uso constante para financiar principalmente capital de giro.
“Em uma situação de dificuldade de liquidez, para gastos de curto prazo, é mais fácil de usar”, explicou o diretor. “Os custos deles com cartão de crédito são superiores aos gastos com carga tributária”, conclui.
Fonte: Correio Braziliense
