A tese é defendida há anos pela Aemflo – Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis -, porém só mesmo diante do agravamento da situação do lixo, do transporte, da segurança e do saneamento básico é que os olhos de todos se voltaram para o bem comum e ultrapassaram as fronteiras de cada município.
As recentes reuniões entre prefeitos, secretários de Estado e vereadores devem resultar na criação de consórcios intermunicipais para implantar projetos integrados. Todos teremos a ganhar, pois o fato de morarmos na Ilha, no Continente ou na região metropolitana não significa que todos não circulamos e utilizamos os serviços em todas essas áreas. Vamos a alguns exemplos: somos cercados por mar em nossas baías. Nosso transporte público jamais irá funcionar sem integração. Por que não articularmos a região por transporte hidroviário, reduzindo o caos em nossas vias rodoviárias e facilitando a vida dos usuários? Produzimos toneladas de lixo e temos custos altos para o tratamento de esgoto. Por que não enfrentarmos estes desafios em conjunto, otimizando recursos?
A criminalidade age de forma indiscriminada em todas as cidades da região. Então, por que não nos espelharmos nos países desenvolvidos, que costumam articular suas políticas urbanas de forma integrada? O resultado é positivo. Todo o sistema funciona! O importante é que, em Santa Catarina, tomadas as decisões, o poder público seja ágil para colocar em prática todas estas obras.
*Odílio Guarezi é Presidente do Sistema AEMFLO e CDL-SJ
Artigo publicado no jornal Diário Catarinense de 02/04/2009
