EMPRESÁRIO INICIA O ANO MAIS OTIMISTA DO QUE EM 2006

Os empresários brasileiros, neste ano, estão mais otimistas quanto às perspectivas da economia do que em 2006. Eles acreditam em crescimento do faturamento e do lucro e pretendem investir mais. Esse otimismo é revelado pela pesquisa “Perspectiva Empresarial” divulgada ontem pela Serasa e que ouviu 1.021 executivos (presidentes, diretores e economistas-chefes) de todo o Brasil.


A pesquisa sugere que a percepção otimista dos empresários está relacionado a maiores estímulos macroeconômicos, como a continuidade do processo de redução das taxas de juros, perspectivas de elevação da massa salarial e ampliação da oferta de crédito. Outros pontos considerados favoráveis são o aumento na atividade do setor de construção e estímulos proporcionados pelo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).


A pesquisa ainda mostra que, apesar do câmbio valorizado, os preços das commodities exportadas pelo País (minerais e agrícolas) devem continuar em alta no mercado internacional, estimulando os investimentos dos setores exportadores destes produtos.


A percepção de queda na taxa de juros é compartilhada por todos os segmentos ouvidos pela Serasa. A perspectiva se destaca entre as instituições financeiras ouvidas, assim como entre as grandes empresas. A maioria dos entrevistados, 54%, aposta na queda no primeiro trimestre e 52% na mesma tendência para o semestre. Em 2006 o percentual era 55% e 51%, respectivamente.


Para a maior parte das empresas (64%), o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer em 2007. Os mais otimistas estão no segmento de grande porte (67%), e por setor o destaque fica para as instituições financeiras (73%). A pesquisa ainda aponta que a expectativa em relação à taxa de câmbio para 66% dos entrevistados é de estabilidade até o final do primeiro semestre.


A Serasa questionou os empresários sobre as expectativas para emprego e renda. Neste bloco da sondagem, observa-se que as opiniões ficam igualmente divididas entre expectativa de crescimento, estabilidade e queda da taxa de desemprego no primeiro trimestre do ano. Para o primeiro semestre deste ano, 37% crêem na estabilidade do desemprego, 35% na queda e 28% em crescimento. Em 2006 eram 34%, 31% e 35%, nesta mesma ordem.


As instituições financeiras e as empresas de grande porte apostam na estabilidade da taxa de desemprego, 45% e 41% respectivamente, para o primeiro trimestre de 2007.


O otimismo aumenta para o primeiro semestre em todos os portes. Os menos otimistas são os empresários da região Norte, onde 40% apostam em alta do desemprego para o semestre.


A expectativa de crescimento no faturamento das empresas apresenta alta em 2007. No ano passado, 47% dos entrevistados esperavam alta no primeiro trimestre do ano, enquanto em 2007 são 53%. Para o semestre, o crescimento é maior, 64%, contra 55% dos entrevistados em 2006. O crescimento médio esperado para o faturamento nos três primeiros meses do ano é 14,3% sobre o ano anterior.


Investimentos


Os investimentos tendem a crescer este ano, pois 57% das empresas entrevistadas afirmaram que estão investindo. Para o primeiro trimestre, 63% esperam investir.


O destaque fica com as instituições financeiras, 71%, que devem aumentar os investimentos, na média de 17,5%, sobre o primeiro trimestre de 2006.Na análise por porte, 65% das pequenas empresas são as que mostram mais disposição para o investimento neste trimestre.


A sondagem também aponta que os empresário estão mais otimistas com relação ao lucro.


Este ano, 43% acreditam em estabilidade e 40% em aumento do lucro no primeiro trimestre.


No ano passado, 34% esperavam aumento. Para o semestre, o otimismo aumenta ¿ 49% apostam em alta, contra 42% em 2006. Serviços é o segmento mais otimista (54%) com relação ao primeiro semestre.


Fonte: Gazeta Mercantil

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