O objetivo da Fiesc foi de apresentar o estudo feito pelo consultor e engenheiro Ricardo Saporiti, que acompanhou os jornalistas na viagem e mostrou os motivos pelos quais ele afirma que as obras não ficarão prontas antes de 2014. Essa afirmação contraria o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) que garante o término das obras até 2012.
A Fiesc diz que até mesmo os trabalhos da primeira fase da duplicação (que devem ser entregues em 2010) estão atrasados. Exemplo para essa afirmação não faltam – em cinco anos de obra apenas três das 62 passarelas previstas foram concluídas. Dos 22 viadutos simples, apenas cinco foram executados. Dos viadutos duplos estão prontos apenas 13 dos 27. Em relação aos trechos duplicados, apenas 130 quilômetros dos 238,5 quilômetros previstos estão concluídos. Isso sem falar na reestruturação das pistas antigas, que falta mais de 71,7% para entregar. Há ainda obras da primeira etapa da duplicação que até agora não foram iniciadas.
Para a Fiesc, além de tirar vidas todas as semanas, as péssimas condições da BR 101 Sul afetam diretamente a economia do estado, uma vez que a rodovia é determinante para a competitividade catarinense. Como forma de pressão, a Fiesc vai encaminhar o estudo ao DNIT, a autoridades federais e a lideranças políticas do estado. A entidade ainda defende que o DNIT divulgue um cronograma dos serviços executados na BR 101 para que a população possa acompanhar a real situação das obras.
