Em 2011, houve um recorde na adesão de planos de saúde no primeiro trimestre. Dados do setor de saúde suplementar indicam a existência, em março, de 46,6 milhões de beneficiários em planos de assistência médica e 15,3 milhões em planos exclusivamente odontológicos. Um estudo feito pela M Square Investimentos indica que 93% das pessoas com renda superior a cinco salários mínimos têm plano de saúde. O mesmo estudo aponta que na lista de desejos da população brasileira, consumir mais em serviços da saúde vem antes mesmo da casa própria.
Outro fator que impulsiona a procura e, consequentemente, o aumento no número de adesões aos planos de saúde são os planos corporativos. A AEMFLO e CDL-SJ oferecem às empresas associadas convênios e facilidades para aquisição de planos de saúde, repassados aos funcionários. O benefício é um atrativo na contratação de mão de obra e uma alternativa para população frente a uma saúde pública sucateada
O proprietário da empresa Oficina Mecânica Nilton, associada à AEMFLO e a CDL-SJ, Nilton Egidio da Silva, não vê alternativa à população a não ser pagar pelos serviços de saúde. “A saúde pública é péssima em nossa região. Não atende a demanda e depender do SUS (Sistema Único de Sáude) é quase impossível”.
O empresário conta que o próprio neto precisa fazer uma cirurgia e que pelo sistema público teria que esperar mais de um ano. “Vou ter que pagar a cirurgia do meu neto para garantir a saúde dele”, desabafa. Ele ainda declara que investiu nos planos de saúde oferecidos pela AEMFLO e CDL-SJ para oferecer melhor saúde aos colaboradores.
As entidades defendem um maior repasse da elevada carga tributária, cobrada da população, para a melhora do sistema público de saúde. Segundo relatório da Opas (Organização Pan Americana de Saúde), o Brasil injeta 3,6% do PIB no setor, enquanto europeus e canadenses usam pelo menos 6%.
Com informações de: Portal R7, Exame.com e SaúdeWEB