O princípio básico por trás da refrigeração é simples: usa-se a evaporação de líquido para absorver o calor. Assim como esfregando o álcool na pele temos a sensação de frio, porque a pele resfria quando o álcool evapora ao absorver o calor da pele; o gás usado na refrigeração também absorve o calor e evapora resfriando o ar do ambiente e os alimentos.
A indústria de refrigeração de ar utilizou por muitos anos os gases CFC (Clorofluorcarbono) para resfriar o ar, mas por serem moléculas muito estáveis, permanecem destruindo continuamente as moléculas do gás Ozônio da atmosfera da Terra. A camada de ozônio tem importância na filtragem dos raios ultravioletas do sol, que do contrário teriam maior acesso aos seres vivos, podendo causar inúmeras doenças na espécie humana, especialmente de pele.
Os gases CFC foram proibidos na indústria mundial de refrigeração (Protocolo de Montreal – 1987), em decorrência do aumento do buraco de Ozônio, mas os refrigeradores antigos continuam sendo usados, e o que é pior, as pessoas os descartam desconhecendo o perigo que isso representa ao permitirem a liberação do gás para a atmosfera, caso sejam expostos ao tempo (ferrugem) ou reaproveitados como sucata comum.
A empresa Recicle Refrigeração, filiada à CSA (Câmara Socioambiental) da AEMFLO e CDL-SJ, é a única na Grande Florianópolis, que recolhe os gases CFC (Clorofluorcarboneto) dos aparelhos antigos de ar condicionado, geladeiras e freezers, recicla e os repassa para serem aproveitados pela indústria. Segundo o proprietário da empresa, Antônio Fernande Araújo, alguns materiais são altamente poluentes e os equipamentos descartados de forma errada poluem o meio ambiente e podem até causar câncer. “A Recicle Refrigeração recolhe os equipamentos, separa as peças, o gás e o óleo e direciona as empresas que dão um destino correto a cada item”, declara.
