Segundo a pesquisa, 83% dos entrevistados responderam que a crise está afetando seus negócios no primeiro trimestre deste ano. Deste universo de empresas que se disseram impactadas pela crise, 54% informaram que adotaram alguma medida relativa aos contratos de trabalho de seus funcionários, como suspensão de serviços terceirizados ou demissões.
Ao mesmo tempo, 36% dos consultados também informaram que planejam demissões ou suspensões de contratos. Outros 24% disseram que pretendem reduzir a jornada de trabalho, e 22% informaram que pretendem suspender contratações que estavam planejadas.
Cerca de 15% disseram que pretendem adotar o banco de horas, e 14% pretendem conceder férias coletivas. Somente 13% pretendem contratar novos empregados. Para Flávio Castelo Branco, economista da CNI, isso mostra que “grande parte” do ajuste no emprego industrial já foi feito.
Já para Armando Monteiro Neto, presidente da entidade, a percepção da crise está sendo cada vez mais “ampliada”. “As empresas estão avaliando seus negócios com mais pessimismo. Vamos ter queda do emprego industrial neste ano. Aquela teoria do descolamento, de que a economia brasileira teria um desempenho diferente, está se mostrando muito frágil. O mundo ficou pior e o Brasil ficou pior também. O país vai crescer menos e poderá ter até um crescimento próximo de zero neste ano”, avaliou ele.
Fonte: www.globo.com/g1