Como Venício trabalha no sistema de proteção ao adolescente desde 1993, a nomeação feita pelo secretário de Justiça e Cidadania Justiniano Pedroso foi muito bem recebida pelos funcionários.
Três partes do São Lucas estão desativadas. São 34 quartos fechados, uma biblioteca destruída, salas de aula abandonadas e problemas sanitários. A primeira meta da nova gestão é reativar o centro de internação provisório e aumentar as atividades diárias dos internos. Venício pediu também uma série de mudanças na segurança do local, como um sistema de câmeras de vigilância, reforma nos muros, a instalação de uma guarita com um policial militar e a reativação da cerca elétrica.
Novas coordenadorias serão criadas para auxiliar a nova administração. Uma será pedagógica e outra será dedicada a trabalhos psicológicos com os internos, assistentes sociais e administradores. O número de novos funcionários do local também deverá ser aumentado.
Para o vice-presidente de Relações Institucionais da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos de Souza, o São Lucas precisa de mudanças urgentes. “A instituição é o resultado da incapacidade do Estado de garantir os direitos básicos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, somada a incompetência que se repete na hora de recuperar estes mesmos jovens. No entanto a sociedade espera que, talvez finalmente, os órgãos públicos resolvam este grande problema, que hoje nada mais é do que uma escola do crime”, critica o vice-presidente.
Vice-Presidente de Relações Institucionais da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos de Souza.
