Para o diretor do Setor da Indústria da AEMFLO, Edgar Martins, esse aumento impactará na cadeia produtiva. “Vai afetar o custo final do produto, já que precisamos de luz para as máquinas trabalhar”, diz.
Já para o proprietário da indústria Cottonbaby, Nelson Silveira, são poucas as alternativas para recuperar o prejuízo que virá. “Não poderei repassar todo esse aumento para o consumidor, pois ele irá preferir adquirir os produtos importados. As opções serão demitir funcionários e diminuir o fluxo de produção”, conta.
Silveira ainda revela que a conta de luz da Cottonbaby custa em torno de R$ 60 mil por mês e com esse reajuste a fatura terá um adicional de cerca de R$ 20 mil. “É um absurdo o governo lançar esse aumento em três dias e passar a vigorar em dois”, relata.

Empresas terão que adotar medidas para conter os prejuízos
Segundo a Celesc, os gastos com a compra de energia aumentaram 22,70, impactando significativamente sobre o IRT (Índice de Reajuste Tarifário). O efeito tarifário resulta da soma do IRT de 17,96% com componentes financeiros incluídos na tarifa de 6,23%. A Celesc atende 2,6 milhões de unidades consumidoras em Santa Catarina.
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