Entre as grandes conquistas de 2014 para a sociedade civil, destacam-se o início das obras da Alça de Contorno, que deve desviar 18 mil veículos pesados por dia nos trechos São José, Biguaçu e Palhoça da BR-101 e a criação da Região Metropolitana de Florianópolis, que integra os serviços de nove municípios. Além da criação do Grupo de Trabalho Segurança Pública, do COMDES.
A reunião também contou com uma apresentação do Plamus (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável) da Grande Florianópolis. Os integrantes do COMDES fizeram diversas perguntas sobre plano diretor dos municípios, BR-101, ligação da Beira-mar Continental até Biguaçu, entre outros temas, que proporcionaram debate e propostas à equipe do Plamus, que apontou como principais problemas para a mobilidade urbana da Grande Florianópolis a falta de planejamento que integre todos os municípios da Região Metropolitana; o padrão do uso do solo, marcado pela urbanização dispersa; a disparidade entre os locais de trabalho e de moradia, o que faz com que muitas pessoas tenham que se deslocar no dia a dia; a inadequação do sistema de transporte coletivo, que apresenta baixa frequência, irregularidade, baixa aderência às demandas de transporte e pouca integração e a falta de participação da população para que aconteça uma parceria entre o interesse público e as ações político-governamentais.
Como soluções, o Plamus sugere criar uma visão global das questões de mobilidade urbana pelos órgãos governamentais e sociedade civil; desenvolver um plano de mobilidade urbana, fundamentado em um processo participativo, dinâmico, intersetorial e integrado; conceber e implantar um plano de governança com fortes vínculos de cooperação entre os municípios da Grande Florianópolis, garantindo sua eficácia e atualizar os planos diretores municipais.
Marcos Souza, que esteve à frente da presidência do COMDES durante 2014, destaca o grande aprendizado que fóruns como este significam não só para os integrantes que o compõem, mas para toda a sociedade. “O COMDES é composto por entidades representativas e que discutem, de forma a atender aos anseios da população, temas que contribuem para o fortalecimento e o desenvolvimento sustentável da região. Deixamos a presidência com a certeza de que fizemos, junto aos participantes, um trabalho dedicado às causas associativistas da melhor forma possível e que continuaremos atuantes fazendo parte desse importante conselho que congrega cerca de 40 entidades e que representa a sociedade civil organizada”, finaliza.
