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Remédios emagrecedores estão na mira da Anvisa

27/09/2011

Desde o fim de 2010 a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estuda a ideia de banir do mercado brasileiro a comercialização de todos os medicamentos utilizados para emagrecimento, principalmente os que trabalham no sistema nervoso central, por exemplo, a Sibutramina, Anfepramona, Femoproporex, Dietilpropiona e Mazindol. A Sibutramina é um dos medicamentos mais consumidos no país, por ser considerado eficiente no tratamento da obesidade, porém é o mais perigoso em problemas cardíacos e intestinais.

No final de agosto, diretores da Anvisa se reuniram para montar uma proposta de proibir o uso dos emagrecedores no país e avaliar o parecer técnico da agência que afirma que os benefícios proporcionados pelas substâncias não compensam os riscos à saúde do paciente - que vão de problemas cardíacos a alterações do sistema nervoso central. No entanto banir as drogas do mercado não será tão simples. No início deste mês, o CFM (Conselho Federal de Medicina) emitiu uma nota em que defende a permanência dos medicamentos nas farmácias, ao alegar que a proibição dos inibidores de apetite reduzirá as possibilidades de tratamento de pacientes que sofrem com a obesidade.

O conselho alega que a Anvisa deveria ser mais rigorosa quanto a prescrição e a venda, e não simplesmente retirar o medicamento do mercado. A nota ainda afirma que caso a agência decida banir os emagrecedores, o CFM recorrerá à Justiça para manter as prescrições e a venda dos medicamentos nas farmácias. Em reunião da Dicol (Diretoria Colegiada) da Anvisa, os diretores discutiram o Relatório Integrado sobre Eficácia e Segurança dos Medicamentos Inibidores de Apetite, apresentado no dia 31/08 pela área técnica da Agência. Seguindo recomendação do diretor-presidente, Dirceu Barbano, a Dicol decidiu que o relatório será votado na próxima reunião pública, em data a ser definida, com transmissão ao vivo no portal da Anvisa. A intenção da diretoria é mostrar a transparência do processo de tomada de decisão da Anvisa e dar amplo conhecimento ao relatório, que tem cerca de 700 páginas e envolve vários inibidores de apetite e doenças que os mesmos podem causar.

Com informações do Portal Terra e Anvisa

27/09/2011

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