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Governo realiza mudanças para conter alta do etanol

30/08/2011

Em menos de uma semana, o Governo Federal tomou três decisões para conter a escassez do etanol no Brasil, que em plena safra, atinge o maior valor em oito anos. Desde o início de 2011 o preço do etanol não parou de subir nas bombas de combustível e as usinas do Centro-Sul do Brasil tendem a elevar ainda mais o percentual de cana destinada à produção de açúcar, isso é devido à queda nas estimativas para a safra 2011/12, dos altos preços do açúcar no exterior, do aumento da exportação e a chegada da entressafra.

Em cinco dias um pacote de ações foi anunciado pelo governo com o objetivo de derrubar os aumentos e estimular a produção. Uma delas é reduzir a tributação das usinas de cana-de-açúcar produtoras de etanol, diminuindo a cobrança do Pis/Cofins, e também utilizar  recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar o tratamento e a renovação de canaviais, o que deve atrair mais investidores e contribuir com os produtores utilizando as taxas de juros mais baixas.

Outra medida tomada pelo governo, decidida na última segunda-feira (29), foi reduzir de 25% para 20% o teor de álcool anidro misturado à gasolina vendida nos postos do país. A decisão do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), passa a vigorar a partir do dia 1º de outubro, enquanto for considerada necessária pelo governo para evitar escassez do álcool. O governo quer importar etanol dos Estados Unidos, mas o fechamento de novos acordos de importação não é tão simples. Se os preços no Brasil caírem no período entre a saída do navio dos Estados Unidos e a chegada ao país, a diferença pode ficar mais curta. O combustível leva mais de 30 dias para que complete o percurso até aqui. A diferença de especificação entre os dois produtos também torna a operação mais complexa, pois quando chega ao país, o álcool tem que ser reprocessado para atender às exigências brasileiras.

O proprietário do Posto Puel, empresa associada à AEMFLO e CDL-SJ, Saulo Puel, trabalha há 10 anos no setor de combustível e esta foi a maior queda que já viu no estoque de Etanol. “No último ano a venda do etanol caiu 90%, antigamente eu vendia dois mil litros do combustível por dia, hoje vendo 100 litros no máximo. Acho que o governo incentivou bastante a compra de carros flex e consequentemente o uso do etanol, porém não conseguiu cumprir a promessa de ser autossustentável em álcool.  Agora, com a questão da importação do produto dos Estados Unidos, acredito que seja uma saída, mas depende da política internacional de preços. E esperamos que funcione”, afirma.

Com informações do Portal Folha e Valor Econômico

 

30/08/2011

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