O Presidente da República Jair Bolsonaro recebeu nesta última segunda-feira (7/6), um grupo de mais de 50 empresários, presidentes e representantes das 27 federações do Sistema CACB, além da Diretoria do Sebrae e membros da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) para discutirem assuntos como a ampliação do Pronampe, a manutenção do BEm e o andamento das reformas estruturantes.
Santa Catarina foi representada no encontro pelos integrantes do Conselho Superior, Ernesto João Reck e Luiz Carlos Furtado Neves, este também ex-presidente e conselheiro da AEMFLO e CDL-SJ. “Além de importantes assuntos para o setor produtivo, como por exemplo, a celeridade das reformas os valores do Pronampe e o novo Refis, o encontro foi positivo pois vimos que apesar das dificuldades a economia está caminhando e reforçamos ao presidente a necessidade de vacinas”, destacou Luiz Carlos.
“Considero este encontro muito importante para a valorização da classe empresarial”, declarou o ex-presidente da Facisc, Ernesto João Reck.
Em sua fala, Bolsonaro agradeceu a presença do grupo, defendeu o uso do tratamento precoce contra a covid-19 e disse que se o Brasil ainda não sucumbiu, é justamente pelo trabalho que sua equipe técnica de ministros tem realizado. “Se dependesse de mim, nada teria sido fechado”, afirmou.
O presidente elogiou a força dos empresários, que têm enfrentado a pandemia de frente na defesa dos seus negócios. “Eu não queria ser patrão neste país, é realmente muito difícil. Agradeço o empenho, a resiliência dos empresários brasileiros, sobretudo dos que estão caminhando junto com o governo”, declarou Bolsonaro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou ações que o governo federal tem apoiado para a melhoria do ambiente de negócios, como a aprovação do Pronampe como política permanente de crédito. Guedes também anunciou a manutenção de programas como o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm) e o auxílio emergencial à população de baixa renda.
“A economia está voltando ao caminho e tudo graças às medidas que renovamos, muitas com a ajuda dos senhores. Recebemos diversas demandas de entidades de todo o Brasil e trabalhamos em cima delas”, afirmou o ministro. Tanto Bolsonaro quanto Guedes garantiram que todos os programas serão mantidos até o fim da vacinação de toda a população brasileira, o que deve acontecer até setembro, segundo o ministro da Economia.
Guedes citou ainda a iniciativa de inclusão produtiva de jovens e trabalhadores por meio do BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e do BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação).
O presidente da CACB, George Pinheiro, fez elogios aos programas que o Executivo lançou desde o início da pandemia, em socorro às empresas. No entanto, alertou ele, ainda há muitos empresários precisando de socorro e à beira da falência. Pinheiro pediu a Bolsonaro e Guedes que o aporte dado ao Pronampe este ano seja, pelo menos, igual ao do ano passado, quando foram ofertados mais de R$ 30 bilhões em crédito.
Outro ponto citado pelo líder das associações comerciais brasileiras foi a necessidade de caminharmos com as reformas administrativa e tributária. Segundo ele, não dá mais para lidarmos com um sistema tão complexo e oneroso, principalmente no que diz respeito à desoneração da folha de pagamentos. “Um país que quer se desenvolver não pode permitir que o emprego custe tão caro, em que as empresas acabam pagando quase o mesmo entre tributos e salários. Assim é a proposta do Simplifica Já, apoiada pela CACB, e que não traz guerra entre os setores e nem aumenta a carga tributária”, apontou.
Para Pinheiro, qualquer medida que estimule a competitividade, o empreendedorismo jovem e feminino, os investimentos, a geração de emprego e renda e a desburocratização tem de ser posta em pauta já. “É preciso tirar o Estado do cangote do empresário, nos dando mais liberdade para trabalhar, porque somos nós que fazemos a economia do país girar. Fica aqui, então, o nosso compromisso de trabalharmos em conjunto com o governo, por um país mais forte e com um ambiente de negócios mais justo, menos burocrático e menos oneroso para o empreendedor”, completou Pinheiro.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, reconheceu a eficácia das medidas realizadas pelo governo em decorrência da pandemia até o momento e reforçou a importância de continuar avançando no aperfeiçoamento do crédito e no fomento à manutenção e geração de emprego. Citando pesquisa do Sebrae, Melles defendeu a vacinação em massa como única solução para retomar a saúde pública e econômica. “Essa foi uma reunião recheada de boas notícias. Saímos daqui otimistas com o futuro próximo e com a retomada das micro e pequenas empresas. Estamos à disposição para buscarmos soluções e programas que tragam cada vez mais resultados para as MPEs”.
Estiveram presentes, ainda, o ministro da Cidadania, João Roma, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Onyx Lorenzoni, da Infraestrutura, Tarcisio de Freitas, da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, do ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, General Heleno, e da Saúde Marcelo Queiroga, além do deputado federal, Silas Câmara (Republicanos/AM).
A Unecs foi representada pelos presidentes da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), Geraldo Defalco, da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Leonardo Miguel Severini, e da Associação Brasileira de Automação para o Comércio (Afrac), Paulo Peguim.
Homenagem
Durante o encontro, George Pinheiro e José Paulo Cairoli, presidente do Conselho Deliberativo da CACB, entregaram a Bolsonaro e Guedes a Comenda VIII – Conde dos Arcos, homenagem criada pela Confederação, que tem por finalidade distinguir aqueles que comprovadamente tenham contribuído, de forma relevante, para o desenvolvimento socioeconômico do país e do empresariado nacional.
Alinhamento
Pela manhã, o grupo se reuniu na sede da CACB, de onde seguiram para a sede do Sebrae Nacional para fazerem uma reunião de alinhamento prévio ao encontro com Bolsonaro.
O presidente da CACB, George Pinheiro, agradeceu a recepção e falou da relevância de trazer os agentes políticos para mais próximo das causas empresariais.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, citou a capilaridade da CACB para dar destaque à importância de que o setor produtivo trabalhe em conjunto com o governo na defesa dos interesses da micro e pequena empresa. “Precisamos dar caminhos para as pautas desenvolvidas pelo governo, nesse sentido. Eu já estive lá e sei o quanto é bom receber apoio de fora”, afirmou.
Além de Melles, o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, o diretor financeiro da entidade, Eduardo Diogo, e a ex-deputada Antonia Lúcia participaram do encontro.
Fonte: FACISC