Em reunião regular mensal da Câmara Socioambiental, aconteceu a apresentação dos projetos, políticas e normas relativas ao meio ambiente no município de São José, pelo superintendente Eduardo Bastos Moreira Lima, numa análise de pouco mais de uma hora e assegurou a preservação e a recuperação racional dos recursos naturais do município, permitindo assim que o meio ambiente seja um dos agentes do desenvolvimento econômico e gerador de emprego, renda e também de uma melhor qualidade de vida a toda a população josefense.
O superintendente também discorreu sobre a situação atual da Fundação e fez alguns alertas das incoerências descritas nos projetos a serem aprovados na pasta e da falta de um maior efetivo na fiscalização por parte do órgão público. Citou ainda que a equipe é muito pequena para atender toda a demanda de São José, que atualmente conta com 12 guardas, sete funcionários na administração e 18 técnicos, o que é insuficiente para o volume de trabalho. Medidas para aumentar o efetivo, estão em tratativas com a prefeita.
Comunicou da alteração na cedência das mudas até então doadas pelo horto florestal, a iniciativa privada, e disse que cada muda tem um custo ao município de R$ 5,75 a R$ 6,40 e que a partir de agora, somente serão cultivadas para uso próprio ou seja para reflorestar e ajardinar praças e logradouros públicos na cidade. Os membros da CSA agradeceram as 500 mudas doadas pelo superintendente para a ação “Reciclar e Conscientizar”, que foi transferida para o próximo dia 28 de setembro, na av. Central do Kobrasol.
Lima entregou à CSA o “Levantamento primário de dados ambientais da orla norte marítima e terrestre do munícipio de São José”, que descreve os 15 mil metros de extensão litorânea do município e tem o objetivo de levantar irregularidades existentes, como a demarcação de áreas de interesse histórico, ambiental e cultural, a ordenação do espaço marítimo, as diversidades da orla, os conflitos de interesse, detectar as erosões costeiras, o saneamento e diagnosticar a atual degradação do meio ambiente.
No relatório apresentado, constam os 133 pontos de lançamento de afluentes a céu aberto, sem tratamento, somente no trecho norte da orla de SJ foram encontrados 181 pontos de ocupação irregular, e há ainda o deposito inadequado de resíduos sólidos, com 25 pontos de descarte. Dos quatro trapiches três também estão em estado deplorável com risco à vida, e não há acesso público à orla, em seis mil metros, apenas 15 acessos, é muito pouco, segundo o relatório. O que faz com que a população se desinteresse, quanto à utilização da praia como espaço de lazer.