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A importânica das lojas como centro de distribuição

28/01/2021

Por muito tempo, uma compra realizada no e-commerce seguia um modelo clássico no frete: o consumidor disponibilizava o CEP e a página mostrava o tempo estimado e o preço para aquela compra. Quando muito, era possível escolher o formato de entrega mais rápido (com preço elevado) ou demorado (mais em conta). Contudo, o usuário mais atento já percebeu um novo movimento: marcas que possuem lojas físicas, como as grandes redes varejistas do país, estão colocando seus pontos de venda como verdadeiros centros de distribuição para agilizarem o envio de pedidos e baratearem os custos tanto para eles quanto para os consumidores. Uma alternativa que se tornou ainda mais vantajosa após a pandemia de covid-19 e a suspensão das atividades presenciais em grande parte dos segmentos.

Este conceito tem nome: ship from store (entrega na loja, em tradução livre) e compreende a utilização da loja física como uma espécie de centro de distribuição, entregando produtos que estão em seu estoque para compras realizadas digitalmente naquela região. É um modelo que já estava em alta antes mesmo do avanço do novo coronavírus – e a doença apenas reforçou sua necessidade. Afinal, ele atende a um desejo cada vez maior dos consumidores em receber suas compras on-line de forma rápida e com o menor custo possível.

Essa proposta tornou-se necessidade estratégica a partir de 2020 por dois motivos principais. O primeiro deles é um problema crônico das vendas on-line: o custo de frete. Diversas estimativas de mercado mostram que sete em cada dez carrinhos são abandonados pelos consumidores, com o valor a ser pago pela entrega como um dos principais motivos para desistência do pedido. O segundo motivo se relaciona a esse novo momento vivido por consumidores e empresas. As medidas de isolamento social, com o fechamento das lojas físicas, fez as vendas digitais crescerem exponencialmente – e os consumidores se acostumaram com essa conveniência de receber produtos em casa.

Evidentemente, as lojas físicas que desejam aproveitar a possibilidade de agilizar entregas de compras digitais precisam se preparar. O principal ponto envolve a tecnologia. Ou melhor, uma solução capaz de automatizar esse processo para garantir que o consumidor tenha essa opção no momento da compra, identificando em tempo real quais lojas mais próximas têm o item em questão em seus estoques. É uma etapa fundamental porque qualquer erro pode desencadear uma sequência que compromete a experiência de compra como um todo. O desafio, portanto, é transformar a loja física em um hub logístico com processos, tecnologia e treinamento especializado para separar, identificar e transportar os produtos.

Felizmente, hoje o lojista já tem à disposição startups logísticas que realizam esse serviço de forma prática, simples e eficiente. São plataformas que atuam além da simples entrega, mas se posicionam como omnienablers, isto é, como facilitadoras de processos que potencializam a transformação digital do varejo como um todo. São soluções que conseguem atender à proposta da entrega last mile (última milha), essencial para o ship from store funcionar, mas que conseguem criar procedimentos internos para fazer da loja física um verdadeiro centro de distribuição para compras on-line efetuadas em seu raio de atuação.

Se falar em “novo normal” chega a ser clichê diante dos desafios impostos pela pandemia de covid-19, aceitar que esse período difícil que estamos vivendo acarreta profundas transformações nos hábitos e comportamento dos consumidores significa ter consciência do que vem pela frente. Parte dessa mudança passa justamente pela maior eficiência logística, entregando compras com rapidez e sem grandes custos, possibilitando que as pessoas possam usufruir no conforto de seus lares de todas as vantagens que a tecnologia tem a proporcionar em nossas vidas.

 

Com informações da CNDL

28/01/2021

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