Cerca de 60 pessoas, entre empresários, profissionais da Contabilidade e gestores, participaram no dia 18 de novembro do Workshop sobre Compliance, Governança Corporativa e Gestão de Riscos, promovido pelo Núcleo de Contadores de Gestão Empresarial da AEMFLO e CDL-SJ (NUCONT).

O tema foi conduzido por Edmo Colnaghi, escritor e especialista em Gestão Jurídica, Planejamento Tributário e Programas de Compliance.

Sua palestra apresentou os princípios da Governança Corporativa: Transparência, Equidade, Prestação de Contas e Responsabilidade Corporativa. Para Edmo, toda organização, seja pública ou privada, precisa manter esses fundamentos vivos na prática, com comunicação eficaz, capacitação, treinamentos e código de conduta. “Uma boa reputação vende e atrai bons profissionais, gerando um clima de confiança interna e externa da empresa”, destacou.

Edmo também mostrou questões relevantes sobre as normas internacionais e nacionais que abrangem o Compliance e sobre a Lei 12.846/13, também conhecida como Lei Anticorrupção.

No que se refere ao Programas de Compliance, o palestrante explicou cada fase do processo de implantação: o mapeamento e gestão de riscos, o suporte da alta administração, a definição de Políticas, procedimentos e Código de Ética e Conduta, os treinamentos e comunicação, a criação de canais de denúncias, investigações internas, monitoramento e auditoria interna.

O especialista salientou ainda sobre as consequências, para as organizações, por aderir e não aderir ao Compliance. “Os resultados para quem implanta o Programa são os mais positivos possíveis: redução do risco de cometer violações, redução do valor das penalidades, condenações e despesas com advogados, aumento da lucratividade e facilidade na busca de investimentos e financiamento, proteção maior dos acionistas, diretores e gerentes, diferencial competitivo para ampliar os negócios, entre outros”, sublinhou.

Já para as empresas que não possuem o Programa de Compliance, conforme o Edmo, “os empreendedores poderão sofrer redução de até 4% de retorno aos acionistas, autuações de até 20% do faturamento bruto (excluindo os tributos), perda de negócios, dificuldade de acesso a créditos e financiamento, suspensão de contratos com a administração pública e diminuição no nível de engajamento dos colaboradores”, complementou.

Ao final da palestra, os participantes esclareceram dúvidas e compartilharam suas vivências de gestão.