A vontade do brasileiro de ser dono do seu próprio negócio cresceu 22% em dois anos. Uma pesquisa do Instituto Data Popular mostra que 38,5 milhões de pessoas no país com mais de 18 anos, representando 28% da população, têm a intenção de empreender em 2015. Em 2013, eram 23%.
De acordo com o levantamento, 78% das pessoas que querem empreender já se preparam para abrir o próprio negócio: 38% pesquisam a área que desejam; 28% guardam dinheiro para investir e 12% se aperfeiçoam em cursos e estudos. Para boa parte dos brasileiros que querem empreender, a possibilidade de ganhar mais, crescer profissionalmente e de não ter chefe são os principais motivos que incentivam a abertura do próprio negócio.
Dentre as regiões, a Norte é a que concentra o maior percentual de pessoas com vontade de empreender (55%), seguida do Nordeste (33%), Sul (26%), Centro-Oeste (24%) e Sudeste (24%). Entre os interessados, 53% são homens e 47% mulheres; 50% são da classe média, 28% da alta e 22% da baixa; 54% têm entre 18 e 35 anos e 19% entre 36 e 45 anos.
Bruno Santiago tem 30 anos e abriu a Imagina Digital em janeiro deste ano. Ele conta que decidiu sair de uma empresa privada para investir no próprio negócio, junto ao sócio Juliano Franco Duarte, pois não encontravam liberdade suficiente para empreender como colaborador. “Apesar das dificuldades que todo empresário enfrenta, ter o próprio negócio permite gerenciar o nosso tempo e fazer o que realmente gostamos”, diz ele, completando que os jovens têm que “fazer acontecer” e apostar no que lhes faz bem.
O empresário também é integrante do JEM (Núcleo de Jovens Empreendedores) da AEMFLO e CDL-SJ e, segundo ele, a participação no núcleo tem ampliado as possibilidades de contato, aprendizado e, consequentemente, de negócios. “Além disso, nas reuniões conseguimos amadurecer nossas empresas, conhecendo outros empresários, participando de palestras, visitas técnicas, capacitações e eventos”, conta. Para ele, o associativismo empresarial é fundamental para aqueles que estão dispostos a aprender e contribuir. “A capacidade de saber ouvir pode contribuir demais para o sucesso dos envolvidos”, resume.
