As vendas da indústria brasileira caíram 1,13% em agosto na comparação com julho, na série livre de influências sazonais.

De janeiro a agosto, as vendas se mantêm estáveis, com leve queda de 0,08% em relação a igual período do ano passado. Os dados são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). "A redução das vendas se deve, em grande parte, à valorização do câmbio, que diminuiu o faturamento em reais das firmas exportadoras", afirma o estudo. De acordo com a pesquisa, o real se valorizou 14% diante do dólar desde o início deste ano. Apesar da retração das vendas, os dados diretamente ligados à produção, como horas trabalhadas e utilização da capacidade instalada, ficaram estáveis. O destaque do mês foi o crescimento do emprego. Em agosto, o emprego na indústria aumentou 0,21% em relação à julho, na série com ajuste sazonal. Foi o nono mês consecutivo de alta do indicador, que acumula alta de 1,60% no ano em relação a igual período de 2005. A pesquisa mensal, feita com cerca de 3 mil empresas de médio e grande porte em 12 estados, mostra que a indústria brasileira operou com 81,5% da capacidade instalada. As horas trabalhadas na produção tiveram leve alta de 0,21% em agosto na comparação com julho, descontados os efeitos sazonais. De janeiro a agosto, as horas trabalhadas na produção aumentaram 1,05% na comparação com igual período do ano passado.