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Taxas elevadas reduzem a aceitação de cartões

10/09/2008

Embora seja um mercado que não pára de crescer, cartões de crédito não têm regulamentação no País. Não são poucos os estabelecimentos que estão cortando os serviços em função das altas taxas administrativas. Os que ainda não cortaram amargam prejuízos para evitar a perda de clientes.

Apenas para manter uma máquina de cartão, o lojista paga entre R$ 80 e R$ 100 mensais, além de 5% do valor das vendas feitas pelo sistema. O varejo ainda precisa esperar 35 dias para receber o repasse do dinheiro. O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, diz que, hoje, no país, 70% dos pequenos negócios não aceitam cartão de crédito e os 30% restantes utilizam o serviço apenas porque estão em praças turísticas, onde não sobreviveriam sem a alternativa.

A CNDL luta pela regulamentação do setor e também pela unificação das máquinas das várias bandeiras em uma só. A entidade tem pela frente uma importante reunião para definir o futuro da pauta.

- Vamos a Brasília conversar com o líder do governo no Senado, Romero Jucá, e com o senador Adelmir Santana, vice-presidente da Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista, para, juntos, trabalharmos por um projeto de regulamentação que seja bom para todos, comerciantes, administradoras e consumidores - diz.
O equilíbrio nas relações entre as empresas de meios eletrônicos de pagamento e o varejo é uma das principais bandeiras da CNDL, uma vez que os lojistas de pequeno porte pagam mais para essas empresas do que em tributos, segundo Pellizzaro Júnior.

O projeto do governo pretende equiparar as administradoras às instituições financeiras. A CNDL quer que os cartões ganhem um forte concorrente: o dinheiro. Se os preços dos produtos forem mais caros para pagamento com cartão, as administradoras terão que baixar o custo do serviço para concorrer com o dinheiro vivo. Também está em estudo a redução no prazo de repasse aos lojistas para até 48 horas após a venda. Qualquer que seja a decisão do governo, Congresso e CNDL, o consumidor não pode ser preterido.

Fonte: Diário Catarinense

10/09/2008

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