O levantamento da GFK, empresa que realiza pesquisas de mercado, aponta que apenas as vendas de smartphones obtiveram um bom resultado entre os eletroeletrônicos. Em tempos de crise, enquanto as geladeiras, lavadoras, televisores, carros e até imóveis registram quedas nas vendas, a receita do varejo obtida com smartphones cresceu 34% em relação ao 1º trimestre do ano passado.

Segundo o levantamento, os o consumidores não estão optando pelos smartphones mais baratos e estão priorizando um produto que agrega várias funções em único aparelho e funciona como um computador de bolso. Além disso, a pesquisa revela a alta das vendas se deve ainda pela telefonia do país estar migrando para a tecnologia 4G, na qual muitas operadoras disponibilizam ofertas atraentes para os produtos. 

O diretor de Tecnologia da Informação e Inovação da AEMFLO, empresário Lúcio Flávio da Cruz, também credita a febre dos smartphones à praticidade. “Ele contempla diversas funções, não só atreladas ao lazer, mas também que ajuda no trabalho, como acessar um site e o e-mail”, diz. O diretor acredita que tendência é que as vendas cresçam ainda mais. “Não só os smartphones, mas tudo que é portátil. Já percebemos que as vendas de CPUs e até notbooks baixaram”, afirma.  

O empresário enxerga ainda novos hábitos adquiridos pelos consumidores com o uso constante dos smartphones. As redes sociais, por exemplo, acessadas pelos smartphones, tornou-se um canal de comunicação para elogios, críticas e sugestões de clientes. “Além disso, as empresas têm criado aplicativos para aprimorar a comunicação com os clientes”, diz. Para que os negócios se adaptem a essa tendência, o diretor sugere que os empreendedores adquiriram conhecimento em mídias digitais e apliquem o que for mais interessante para suas empresas.