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SGP BENEFICIA US$ 300 MILHÕES EM EXPORTAÇÕES DE SANTA CATARINA

29/09/2006

O levantamento foi obtido pela Federação das Indústrias (FIESC) junto ao Ministério do Desenvolvimento.

O valor das exportações catarinenses amparadas pelo Sistema Geral de Preferências (SGP) dos Estados Unidos de janeiro a agosto deste ano chegou a US$ 298,2 milhões. O levantamento foi obtido pela Federação das Indústrias (FIESC) junto ao Ministério do Desenvolvimento. “Embora esse não seja o valor das perdas possíveis para o Estado, é um número importante porque mostra a fatia das atuais exportações que perderia competitividade com a exclusão do Brasil do SGP”, diz o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa. Entre os produtos exportados por Santa Catarina que mais se beneficiaram do sistema estão motocompressores, motores elétricos, autopeças, móveis e outros produtos feitos de madeira. Ao todo, 182 empresas catarinenses se beneficiaram do SGP americano em 2006. Os Estados Unidos são, por larga margem, o principal mercado estrangeiro para as mercadorias catarinenses. Nos primeiros oito meses do ano, a receita total das vendas para o destino foi da ordem de US$ 951 milhões. *************************************************************************************************** O SGP é um mecanismo que reduz ou isenta de impostos de importação mercadorias exportadas por países pobres. A autorização para funcionamento do sistema expira em 31 de dezembro deste ano e os Estados Unidos estão ameaçando excluir o Brasil da lista. “Por isso, a FIESC tem agido institucionalmente para manter o País no sistema. Além de atuar junto ao governo federal, tem chamado atenção das empresas para a importância do tema”, diz o diretor de relações institucionais da FIESC, Henry Quaresma. *************************************************************************************************** Na segunda-feira (25/09), a Federação recomendou aos exportadores que peçam a seus clientes americanos para se manifestar sobre a possível exclusão do Brasil. “A decisão no Congresso americano está marcada para acontecer em pouco tempo e, agora, quem tem espaço para se movimentar politicamente são os importadores americanos”, disse Maria Teresa Bustamante, presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC. Para ela, as empresas brasileiras devem deixar claro para seus clientes dos Estados Unidos que eles também são beneficiados com as menores alíquotas de importação e, em caso de exclusão do Brasil, terão de procurar outros fornecedores. “É preciso agir rápido porque a possibilidade de excluir o Brasil é real, não é blefe”, afirma a executiva. Estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) estima que, se o Brasil for realmente excluído do SGP, as perdas totais do País devem chegar a US$ 386 milhões. Entre os setores que mais perderiam estão madeira (US$ 61,6 milhões), máquinas e aparelhos (US$ 71,8 milhões), material de transporte (US$ 63,6 milhões) e metais comuns (US$ 70,9 milhões). Os setores com maiores fatias de exportações beneficiadas pelo sistema são os de peles e couro (86%), plásticos e borracha (40%) e madeira (29%). Fonte:FIESC

29/09/2006

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