Acesso Rápido

Notícias

São José terá um novo Centro Socioeducativo até 2013

27/07/2011

O Centro Educacional São Lucas já foi completamente demolido após sua interdição em dezembro de 2010, onde se constatou uma série de denúncias de torturas, maus-tratos e facilitações de fugas de menores infratores. Agora, o local dará lugar a um novo espaço, uma espécie de modelo de gestão, totalmente voltado para a reabilitação de menores infratores com áreas destinadas para educação, esporte, cultura, lazer e oficinas profissionalizantes.

O novo espaço será chamado de CASE (Centro de Atendimento Socioeducativo da Grande Florianópolis), e deve ficar pronto até o final de 2013. As obras já iniciaram primeiramente com um tratamento do solo, o custo total está estimado em R$ 12 milhões, verba dividida entre o governo federal e estadual.

Dividido em módulos de infrações, o local terá espaço para atender 90 adolescentes, sendo 70 sentenciados e 20 na internação provisória. Além disso, uma quadra poliesportiva coberta e outra aberta. Os moldes devem obedecer às exigências da Secretaria dos Direitos Humanos de Brasília e do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo). Segundo a diretora de administração socioeconômica da Secretaria de Justiça e Cidadania, Bernadete Sant’anna faltava apoio dos governos para que houvesse essa adequação. “Todas essas mudanças fazem parte de um processo judicial e teremos um modelo de projeto social, os jovens sairão de lá com o desejo de mudar de vida”, declara a diretora. No final do ano a Secretária de Justiça e Cidadania irá inaugurar uma unidade parecida em Joinville e elas devem seguir o exemplo o Centro de Socioeducação de Laranjeiras do Sul, no Paraná.



Centro Socieducativo de Laranjeiras do Sul, no Paraná

Ao contrário da população, o vereador de São José, Moacir da Silva, PMDB, acredita que se o projeto for entregue como o prometido trará benefícios para cidade. “Toda obra que trata de cemitério, presídio ou aterros, sempre a reação da sociedade é negativa, pois as pessoas têm em mente algo que é fracassado. Eu enxergo que se o modelo é moderno e arrojado, e está previsto para resgatar os jovens, se isso acontecer eu sou a favor, pois podemos virar modelo de infraestrutura. Já para o vice-presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Cardozo de Souza, o processo precisa ser mais rápido. “Agilidade. Essa seria a palavra certa para os nossos governantes, afinal esses jovens estão indo para onde? Lugar nenhum", conclui.

27/07/2011

Mais notícias