O município de São José foi fundado em meados do século 18 por 182 casais açorianos, que desde logo puseram mãos à obra e iniciaram a colonização. Construíram rústicas moradas e um modesto cruzeiro, diante do qual o padre José Antônio da Silveira celebraria missa até ser construída a pequena capela, elevada em 1755 à categoria de igreja paroquial. No local, vê-se hoje a Igreja Matriz, tendo ainda São José como padroeiro.
Aumentando o número de habitantes, a povoação prosperou, desenvolveu-se a lavoura e o comércio. As atividades agrícolas constituíram, como em toda a Província, fator primordial da economia, principalmente as culturas de algodão e linho, cujo aproveitamento foram montados no “Roçado” pequenos e rudimentares teares. Reconhecendo a importância que assumia o povoado, o Governo criou a freguesia em 1756.
Depois de firmado o tratado de limites entre portugueses e espanhóis no Sul do Brasil surgiu em São José a notícia da Guerra das Reduções ou das Sete Missões. Figurou São José em vários episódios da história, como a Guerra dos Farrapos, a do Paraguai e a Campanha Abolicionista, que vinha sendo agitada de Norte a Sul.
Em 1887, um grupo de munícipes fundou o Clube Abolicionista, cuja diretoria se compôs dos senhores Antônio Elesbão Pires, João Carlos de Souza Medeiros, Jalmeno Lopes, Firminio Pereira Bento, João Lourenço de Souza Medeiros e Francisco Pereira.
Os escravos, até então vivendo em indisciplina e frequentes fugas motivadas pelos maus tratos dos senhores, eram atraídos à sede do Clube e recebiam a carta de alforria - Era o princípio da abolição dos escravos na Província.
Fotos: ND Online
Gentílico: josefense
Fonte: Biblioteca IBGE