A ABTO (Associação Brasileira de Transplantes) publicou recentemente o Registro Brasileiro de Transplantes do 1° semestre de 2011, em que Santa Catarina aparece novamente na liderança nacional do ranking de doadores por milhão de população. No primeiro semestre deste ano, a SC Transplantes, que integra a rede da Secretaria de Estado da Saúde, chegou à marca de 26,0 doações por milhão de pessoas (pmp), índice nunca antes alcançado por algum Estado Brasileiro.
Os dados divulgados colocam Santa Catarina no topo do ranking de doações, sendo o primeiro a ultrapassar a marca dos 25 doadores pmp. Depois vem o Estado de São Paulo, com 20,3 doações pmp; Rio Grande do Norte, (15,9 pmp); e Ceará, com 15,4 pmp. Outra marca importante conquistada no 1º semestre deste ano foi a certificação dos instrutores do curso de Comunicação de Notícia em Situações Críticas. A entidade é provida pela Organização Nacional de Transplantes (ONT) da Espanha, considerada a melhor estrutura desta área no mundo. Sendo assim, Santa Catarina é o primeiro Estado brasileiro a contar com instrutores com esta habilitação, a qual contribui para aprimorar a qualidade do atendimento e da comunicação dos familiares de potenciais doadores.
Segundo dados da SC Transplantes, o Estado realizou 456 doações durante o semestre, incluindo córneas, rins, pâncreas, fígados, ossos, esclera e medula óssea. O Hospital Celso Ramos foi o mais participativo com 17 transplantes, e está entre os cinco melhores do país. Santa Catarina registrou 185 mortes encefálicas, resultando em 80 doações. Isso representa 45% de efetivação, enquanto que no Brasil o índice não passa de 25%. Todos esses números tornam o Estado referência nacional e Sul-Americana em transplantes de órgãos.
Saiba como você pode ser doador
No Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em documentos, basta comunicar sua família do desejo. A doação de órgãos acontece mediante autorização familiar. O doador vivo, no caso, pessoa saudável que concorde com a doação, pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores e não parentes, somente com autorização judicial. Já em doador morto, pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com morte encefálica - geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral – a retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia. Sendo possível a remoção do coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, veia, ossos e tendão.
Fonte consultada: Portal da SC Transplantes