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Santa Catarina em estado de insegurança

19/12/2012

É recorrente o número de empresários preocupados com a falta de segurança na Região Metropolitana de Florianópolis, assim como também em todo o Estado. Insatisfeitos com o trabalho do governo estadual no combate à violência, empresários associados à AEMFLO e CDL-SJ vêm buscar nas entidades de classe um meio para manifestar a indignação.

Em ato de insatisfação, o empresário associado, que atua há 40 anos no mercado, Márcio Rocha, procurou as entidades para evidenciar um problema crônico: a insegurança pública. “Nós não vemos policiais fazendo ronda nas ruas, a população está insegura. Eu estou sempre fiscalizando a minha empresa e olhando ao redor. Há alguns dias recebi um homem que tentou assaltar minha empresa, mas ele não conseguiu devido ao aparato de segurança privada”, desabafa. 

Além de furtos e roubos, que preocupam a população, os dados confirmam o aumento no número de assassinatos em Santa Catarina este ano. O anuário do Fórum Nacional de Segurança Pública, divulgado em novembro desse ano, registra um aumento de 44,8% em comparação ao ano anterior. São 11,7 homicídios a cada 100 mil habitantes. Na Região Metropolitana de Florianópolis, a situação é ainda pior: a Organização Mapa da Violência aponta que de 2000 a 2010 o número de homicídios na região aumentou de 8,9 para 18,5 (a cada 100 mil hab.), sendo que a OMS (Organização Mundial de Saúde) considera 10 homicídios por 100 mil habitantes como o máximo aceitável. Mais do que isso é considerado epidêmico.

Falta de efetivo

A SSP/SC (Secretaria de Segurança Pública de Santa Catarina) admite a defasagem no quadro de funcionários tanto na Polícia Civil quanto na Polícia Militar. O ideal seriam 16 mil militares, apesar de hoje só haver 11,2 mil efetivos. Já na Polícia Civil, o quadro está 42% abaixo do ideal.

Para Rocha, o maior problema é a falta de gestão do efetivo já existente. “O que falta é administração. A má gestão e a pouca eficiência do efetivo cria brechas para o aumento da criminalidade. Esse problema onera o empresário. Nós não deveríamos gastar com segurança privada, mas somos obrigados”, avalia.

Ele ainda compara a Região Metropolitana de Florianópolis com Tubarão, onde fica a sede de sua empresa e diz que a insegurança atinge ambas as cidades.

Saiba mais sobre o aumento da violência no Estado.

Com informações do portal G1, Mapa da Violência.org e site Nota de Rodapé

19/12/2012

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