A Fecomércio SC vem monitorando o comportamento do mercado e os reflexos na vida dos catarinenses desde o início da pandemia para gerar dados e informações consistentes para a tomada de decisão.
A quarta sondagem da entidade, realizada no final de abril, aponta que sete a cada dez catarinenses tiveram algum tipo de impacto profissional, como redução ou suspensão das atividades (26%), conforme empresários e autônomos, e trabalho em casa sem prejuízos salariais (14,1%). Os setores de comércio e serviços, que empregam cerca de 1,2 milhão de pessoas no Estado, passaram os últimos dois meses de portas fechadas ou com atendimento reduzido, encolhendo não só o faturamento das empresas, mas também a renda das famílias. A redução de jornada e salário (10,8%) foi o terceiro impacto mais citado, seguido pelas demissões (9,4%).
“Diante deste cenário complexo, as medidas e estratégias para conter o avanço do novo coronavírus precisam ser realizadas em diferentes esferas e âmbitos: incentivos fiscais e financeiros para proteger o mercado interno, ações efetivas de saúde pública, como a testagem em massa, distribuição da renda à população mais frágil e o cumprimento rigoroso das regras por parte da população. Agora é hora unir esforços de todos os setores da sociedade para que os danos sociais e econômicos sejam mitigados em Santa Catarina”, avalia o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), apurado pela Fecomércio SC, caiu de 114,9 pontos para 69,2 em maio, queda de 39,7%- a maior variação da série histórica.
De acordo com as empresas entrevistadas, as principais medidas de adaptação diante da nova realidade foram: reforço com a higiene e disponibilização dos itens de prevenção para clientes e colaboradores (83%), utilização de tele-entregas (52,7%), suporte comercial pelo telefone (43,5%), férias ou liberação de colaboradores de grupos de risco (32,8%), entrega por meio de aplicativos (28,7%) e intensificação de canais de vendas on-line (20,2%).
Como as determinações foram divulgadas conforme a quantidade de casos, cidade/região e segmento, os empresários precisaram se adequar de forma rápida para retomar os negócios. Mais de 90% afirmaram estar bem informados sobre a pandemia e as obrigatoriedades do seu setor.
A extensão dos prejuízos vai além das questões econômicas. Quase 90% dos entrevistados relataram impactos na vida pessoal. A quarentena impôs um novo comportamento e a necessidade de manter distância das pessoas em geral e de familiares (46,1%) foi sinalizada como a maior dificuldade enfrentada no período, à frente da insegurança financeira (10,6%) e do abalo emocional/psicológico (4,9%).
Fonte: Fecomércio SC