Embora o governo federal tenha deixado de arrecadar R$1, 817 bilhão no primeiro semestre com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, houve aumento de R$ 1, 258 bilhão na receita com outros tributos federais devido às vendas impulsionadas pela desoneração.
O custo do benefício fiscal aos cofres públicos ficou em R$ 559 milhões, de acordo com levantamento do Ipea. Segundo João Sicsú, diretor de estudos macroeconômicos da entidade, a medida ajudou a manter entre 50 e 60 mil empregos diretos e indiretos no primeiro semestre. “Desonerar nem sempre dá um resultado negativo”, diz.
As perdas na arrecadação de tributos devem ter sido ainda menores, acrescentou Sicsú, porque o estudo não considerou os impostos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nem as receitas previdenciárias.
Ainda segundo o estudo, a redução desse imposto gerou uma venda adicional, no atacado, de 191 mil automóveis e comerciais leves, como picapes e utilitários, no primeiro semestre deste ano, o que representa 13,4% do total contabilizado nesse período (1,422 milhão).
As vendas de veículos no mercado brasileiro somaram 258.121 unidades em agosto de 2009, o que representa queda de 9,56% se comparado a julho, mas alta de 5,44% sobre o mesmo mês do ano passado, conforme dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No acumulado dos primeiros oito meses do ano foram vendidos 1.993.383 veículos, alta de 2,73% sobre igual intervalo de 2008.
Fonte: Diário Catarinense