Na última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produto Interno) até 31 de dezembro para produtos da linha branca (fogões, geladeiras, máquinas de lavar, etc.), até outubro para carros e até dezembro de 2013 para materiais de construção.
Para o gerente da unidade de Barreiros da Balaroti, empresa do ramo de materiais de construção e associada à AEMFLO e CDL-SJ, Moacir Gabardo, a prorrogação da redução do IPI é importante para o varejo. “Tradicionalmente o segundo semestre já é o preferido pelo consumidor para fazer reformas e arrumar a casa para o fim de ano, por isso os novos produtos com IPI reduzido, como pisos laminados e vinílico, serão ainda mais procurados” afirma. Gabardo também acredita que os novos financiamentos em longo prazo ajudarão no aquecimento das vendas de materiais de construção até dezembro.
Para a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), a prorrogação é benéfica, entretanto favorece setores pontuais da economia. Para o presidente da entidade, Roque Pellizzaro Jr., o incentivo acaba prejudicando os demais setores.
Produtos da linha branca
As geladeiras mantiveram redução de imposto de 15% para 5%. Os fogões, que tinham uma alíquota de 4%, continuam livres de imposto. As máquinas de lavar que tinham 20% ficaram em 10% e os tanquinhos, que antes tinham um IPI de 10%, ficaram zerados.
Carros
Com a prorrogação, os carros populares ficaram isentos de IPI. Os carros a álcool ou flex, com motores entre 1.0 e 2.0, ficaram com IPI de 5,5%. Os veículos a gasolina, com motores entre 1.0 e 2.0, ficaram em 6,5%. A redução vale para todos os modelos, exceto para carros nacionais acima de 2.000 cilindradas, carros que não tiveram IPI reduzido.
Materiais de construção
Os materiais de construção tiveram a alíquota de 0% prorrogada. A novidade ficou por conta de quatro novos produtos que entraram para a lista de redução do IPI: piso laminado, piso de madeira sólida, piso vinílico e drywall.