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Redução da jornada de trabalho pode gerar desemprego

01/03/2010

Federações empresariais de todo país estão criando campanhas contra a Proposta de Emenda à Constituição 231/95, que prevê a redução na carga horária semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, e também o aumento de 50% para 75% na hora extra. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), apresentou uma nova proposta aos líderes sindicais de reduzir a carga horária de 44 para 42 horas semanais.

A diretora de capacitação empresarial da CDL-SJ e também proprietária da Pieri Sport, Cintia Pieri, está de acordo com as campanhas criadas contra a Proposta de Emenda e diz que será uma perda para os empresários se for vigorada. “Deverá aumentar muito os custos e a empresa acabará perdendo, pois não devemos ampliar as vendas com a diminuição da jornada de trabalho”, analisa.

Para o diretor da Fiesc (Federação das Indústrias de SC) e membro do Conselho deliberativo da AEMFLO e CDL-SJ, Conrado Coelho Costa Filho a nova medida criada pelo governo, além de não gerar empregos, pode comprometer a competitividade entre as empresas. “Essa medida vai reduzir o ritmo das indústrias e as exportações. Reduzir a carga horária, não vai gerar mais postos de trabalhos e sim desemprego”, afirma.

Segundo a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em 1988 houve a diminuição de 48 horas para 44 horas de jornada semanal, o que não gerou mais empregos. A CNI afirma ainda que desde 2003 o Brasil reduziu a taxa de desemprego de 12,3% para 8,1%, somente por meio de crescimento econômico. Esta semana deputados devem voltar a se reunir com líderes sindicais, para tentar chegar um acordo e votar a PEC 231/95 ainda no primeiro semestre.

 


Conrado Coelho Costa Filho -
Membro do Conselho Deliberativo da AEMFLO e CDL-SJ

 

01/03/2010

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