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Redes sociais se tornam ferramentas no combate ao abuso da Gasolina

10/05/2011

A exemplo da gasolina, que em todo Brasil custa em torno de R$ 3 por litro, Santa Catarina também sofre com a alta nos preços dos combustíveis. Estima-se que o próximo reajuste incidirá no aumento de R$ 0,06 no litro do etanol, R$ 0,05 na gasolina e R$ 0,02 no metro cúbico do gás natural veicular (GNV), devido ao aumento no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço) estadual.

O descontentamento por parte da população causou mobilização nas redes sociais. Em Florianópolis, um evento divulgado por meio do Facebook obteve o apoio de mais de 700 usuários do site, além de reunir no protesto presencial, ocorrido no último dia 6, cerca de 200 pessoas. Os protestantes fizeram uma manifestação em frente ao prédio da Polícia Federal, na av. Beira Mar Norte, onde se reuniram e em seguida abasteceram R$ 0,50 em combustível, pagando com cartão e exigindo nota fiscal dos estabelecimentos. O ato teve a finalidade de tornar o custo do abastecimento mais alto do que o lucro que o posto teria com a comercialização dos combustíveis.

Segundo José Marciel Neis, diretor de expansão do comércio da CDL-SJ (Câmara de Dirigentes e Lojistas de São José), todo protesto contra o abuso do preço do combustível é válido, porém precisa ser focado nas distribuidoras e no governo, não nos comerciantes. “O grande culpado desse aumento são as refinarias e distribuidoras. Elas sim devem ser atingidas. Outro vilão é o governo, que é responsável por 50% do custo do valor do combustível, afinal a gasolina sem o imposto custaria em média R$ 1,50. O boicote deveria ser em uma determinada bandeira, forçando ela a abaixar o seu preço. Imagina um posto ficar um dia na semana sem vender nenhuma gota de combustível”, explica Neis.

A campanha "Você vai deixar isso acontecer?", que possui na logomarca o desenho de um frentista assaltando o consumidor com uma bomba de gasolina, está rodando o Brasil por meio das redes sociais. De acordo com Ewerton Luis Alves, diretor de TI (Tecnologia da Informação) da AEMFLO, a ação, se bem planejada, pode mudar esta realidade. “Há pouco tempo houve o caso de um e-mail que tentava boicotar a Petrobrás, porém não funcionou. Agora, com Twitter e Facebook, as pessoas podem interagir e participar mais ativamente, principalmente por meio de dispositivos móveis como os smartphones. Dessa forma, as ações se tornam muito mais abrangentes”, afirma. 

“Hoje, Twitter e Facebook possuem mais de 15 milhões de usuários no Brasil, e a previsão é de que essa média cresça até o final do ano. O mercado estima que cerca de 10 milhões de celulares com acesso a internet sejam comercializados ao mesmo tempo em que 7,5 milhões de novos computadores sejam adquiridos por brasileiros, o que comprova que cada vez mais a informação tende a ser mais rápida e precisa”, explica Ewerton.

O diretor de TI conclui dando um exemplo da força das mídias sociais. “O maior exemplo da eficiência e poder do Twitter e do Facebook foi a recente mobilização ocorrida no Oriente Médio. Se não fosse pelo uso dessas ferramentas, a população não organizaria as ações contra os ditadores locais. Certamente alguns deles ainda estariam no poder”, finaliza.

Fontes: IBC, iCrossing

10/05/2011

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