O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, anunciou na semana passada o projeto que irá fazer a quarta ligação entre a ilha e o continente por uma ponte convencional, com oito pistas e acesso de nove quilômetros até a BR-101. A ponte terá modelo similar ao das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles e deve ser erguida entre a avenida Beira-Mar Norte e o bairro Estreito, sendo que o projeto prevê ainda a construção de um aterro hidráulico para integrar o complexo à BR-101. O projeto já está pronto e tem um custo estimado em cerca de R$ 900 milhões. O recurso para financiar a obra seria comercializar 500 mil metros quadrados do aterro hidráulico, via parceria público-privada.
O projeto ainda está no papel, porém o que chama atenção são os altos investimentos em duplicações, alargamentos de rodovias e novos viadutos no intuito de melhorar a mobilidade urbana na Grande Florianópolis, com um possível projeto de um túnel que ligaria a ilha ao continente, entre tantas outras ideias.
No entanto projetos que visam aprimorar ou ampliar o transporte coletivo ainda caminham lentamente, assim como o projeto para o Metrô de Superfície que custará R$ 6 milhões aos cofres do governo e, estima-se, deve ficar pronto em apenas um ano. Além disso, o transporte marítimo, o mais indicado e menos custoso aos poderes públicos, não apresenta sinais de implantação. Enquanto os projetos enfrentam uma verdadeira fila de espera, a capital catarinense segue apenas com o ônibus como opção de deslocamento.
Para o Presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Tito Alfredo Schmitt, a mobilidade urbana da região metropolitana está um caos e os órgãos competentes não buscam soluções rápidas e efetivas. “Somos completamente a favor da nova ponte, mas paralelamente a isso é fundamental que se desenvolva projetos que vão resolver os problemas da mobilidade urbana no futuro, como o transporte marítimo, mas que infelizmente os prefeitos da Grande Florianópolis não chegam a um consenso nessa discussão, bem como o metrô de superfície e as melhorias no nosso transporte coletivo, aumentando seus tamanhos e criando corredores especiais para eles. Temos que parar de pensar apenas no transporte individual, mas também nos de massa”, afirma o presidente.