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População repercute a busca por mudanças

18/03/2015

Mudança. Essa foi a palavra mais utilizada pela presidente reeleita, Dilma Rousseff, durante a campanha à presidência e também a mais clamada no último domingo (15/03), por milhões de brasileiros em manifestações realizadas por todo o país.

A população brasileira sabe da importância das mudanças nas regras do jogo, afinal, o que é decidido politicamente tem reflexo imediato na vida dos cidadãos, e isso não é diferente no mundo corporativo.

Logo no início do ano a população se surpreendeu com uma série de medias que aumentou o custo de vida do brasileiro: energia elétrica e combustível mais caros, obrigando as empresas a se readequar a nova realidade e acarretando a uma cadeia destrutiva de produção, diminuindo os investimentos e até o quadro de funcionários, aumentando o desemprego.

Outra surpresa foi a tabela do imposto de renda defasada, a especulação de mais oneração para a folha de pagamento, a desvalorização da moeda brasileira, além dos problemas já recorrentes e que não ganham devida atenção, como investimentos em serviços públicos, que ainda é precário e assola toda uma nação contribuinte de seus deveres. O país também perde com toda a corrupção escancarada em um dos maiores patrimônios, a Petrobrás.

E em resposta aos protestos, o governo promete mais uma vez. Coloca-se à disposição para o diálogo, demonstra imparcialidade sobre as manifestações e, com um olhar de otimismo, expressa orgulho com o alcance da absoluta e legítima democracia. A presidente também anunciou nesta quarta-feira (18/03) um pacote anticorrupção, que aborda pontos como aplicação da Lei da Ficha Limpa para todos os cargos de confiança no âmbito federal; criminalização da prática de caixa 2; alienação antecipada dos bens apreendidos após atos de corrupção, para evitar que não sejam usados por agentes públicos ou vendidos em leilão; responsabilização criminal de agentes públicos que não comprovarem a obtenção dos bens e confisco de bens dos servidores públicos que tiverem enriquecimento incompatível com os ganhos.

No início do ano, a presidente anunciou que discutiria a reforma política no Congresso e com a população, por meio de plebiscito ou referendo, defendendo como pontos para a reforma o fim do financiamento empresarial das campanhas; fim das coligações proporcionais, aquelas em que partidos se unem em um único bloco para somar os votos dados a cada legenda; voto em lista em dois turnos, onde o eleitor vota primeiro na lista de candidatos elaborada pelo partido e depois, individualmente, em um dos candidatos dessa lista e o mesmo número de homens e mulheres nas listas partidárias.

O presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza ressalta que as entidades, que representam mais de quatro mil empresas associadas, não possuem qualquer vínculo político-partidário, mas que defendem a moralidade e condenam a corrupção em todas as esferas. “O clamor das ruas terá resultados se as organizações, independentes de amarras políticas, discutirem o assunto e exigirem a atuação do Congresso Nacional. Precisamos acompanhar as pautas de reivindicações e sugestões, incessantemente, para obter sucesso”, declara. 

18/03/2015

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