Mais de 30 entidades envolvidas pela construção da Alça de Contorno da BR-101 reivindicaram, durante dois meses, o início imediato das obras. A campanha “Chega de ficar parado. Obras Já!” conduziu uma semana de mobilização, do dia 16 ao dia 19 de outubro, que contou com a participação em três audiências públicas, promovidas pelo Ibama, e uma manifestação, na ligação da BR-101 com a via Expressa, em São José, com a presença de cerca de 200 pessoas.
Apesar do apoio da sociedade, entidades e imprensa, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) não se mobilizou: o prazo definido para conclusão da obra é o longínquo ano de 2017.
A data definida, em reunião realizada em Brasília, na sede da ANTT, na última terça-feira (13), contém ainda outro empecilho. A agência condicionou o andamento da obra à liberação das licenças ambientais pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). Caso as licenças não sejam liberadas a tempo, a data de conclusão, novamente, poderá ser adiada. Participaram da reunião com o diretor da ANTT, Jorge Bastos, a presidente do Comdes (Conselho Metropolitano de Desenvolvimento), Zena Becker, parlamentares, empresários catarinenses e integrantes do governo federal.
O apelo da população não sensibilizou os órgãos envolvidos e o impasse continua
As liberações ambientais do Ibama serão divulgadas somente no primeiro semestre de 2013 e o tão esperado cronograma oficial sairá somente em meados do ano que vem.
“Mais uma vez a população é vítima da incompetência do governo. O atraso das obras evidencia a incapacidade das autoridades em gerir as concessões e os projetos de extrema importância para a sociedade, como esse da Alça de Contorno. Com esse prazo para 2017, a obra não suprirá os problemas que pretende resolver e, quiçá, servirá de paliativo para caos da mobilidade. É lamentável”, desabafa o vice-presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Cardozo Antonio de Souza.
O próximo capítulo da novela será na próxima terça-feira (20), data em os participantes da reunião, realizada em Brasília, pretendem organizar uma audiência para pressionar o Ibama a liberar as licenças ambientais o quanto antes.
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