Depois de ser adiado por cinco vezes, o SRPE (Sistema de Registro de Ponto Eletrônico) começou a valer desde ontem (2) para as empresas com mais de dez empregados e que já utilizam o sistema eletrônico para o registro da jornada de trabalho nas áreas da indústria, comércio em geral e serviços. O novo ponto eletrônico está programado para emitir um comprovante a cada vez que o empregado bater o ponto, além de o relógio não poder ser bloqueado nem ter os dados editados.

O que muita gente não sabe é que as empresas que mantêm controle mecânico (cartão) ou manual (escrito) do ponto não precisam mudar o sistema. Atualmente, 5% das companhias no Brasil utilizam o sistema, o que significa que cerca de 7,5 milhões de empresas, em torno de 450 mil utilizam o ponto eletrônico.

O vice-presidente de Relações Institucionais e de Finanças da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Antonio Cardozo de Souza explica que o uso do ponto eletrônico não é obrigatório e as empresas podem optar pela utilização do sistema manual ou mecânico. “A recomendação é que as empresas não façam esse investimento, pois tramita no Congresso Nacional a inconstitucionalidade da portaria”.

Souza diz que na própria empresa, a Cimtel Tecnologia em Automação, utilizava o ponto eletrônico, mas que preferiu retirar e colocar um relógio com cartão. “É um investimento muito alto e sem qualquer certeza de que a portaria permanecerá”, finaliza.