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Policlínica de Barreiros é embargada e pode não ser concluída

07/03/2013

Segundo a apresentação da prefeita de São José, Adeliana Dal Pont, em encontro com os empresários na sede da AEMFLO e CDL-SJ, realizado no último dia 26 de fevereiro, a herança deixada pela administração anterior não foi nada agradável. “Encontramos a prefeitura um pouco desarrumada”, declarou a prefeita. Entre os problemas citados, a caótica situação da Policlínica de Barreiros. A obra, devido à falta de planejamento, foi embargada pela Vigilância do Estado e a importante instituição, que seria essencial para minimizar o caos na saúde em São José, pode nem chegar a funcionar. O custo da construção foi de mais de R$ 2 milhões.

O estudo da prefeitura sobre o prédio levantou ainda outros problemas. A Policlínica de Barreiros foi feita em uma parceria público-privada. No acordo feito pela administração anterior, metade do espaço público foi cedido à construtora da Policlínica em troca da realização da obra. “Tanto se falou em falta de espaços públicos e estacionamentos durante a campanha eleitoral e o antigo prefeito comprometeu uma quadra de esportes e metade da praça de Barreiros. Além disso, também não foram construídos estacionamentos”, analisa a prefeita.


O infográfico mostra que mais da metade da área publica existente no terreno, escolhido para a construção da Policlínica, foi sacrificada, sendo que quase 50% do território foi cedido à construtora

Segundo a atual administração municipal, entre algumas irregularidades, duas eram mais preocupantes como o piso que foi colocado mais de um centímetro abaixo do permitido e o teto feito de isopor, fato intolerável pela Vigilância Sanitária Estadual.

“Agora temos que tomar medidas. Uma delas é arcar com uma obra de readequação e gastar ainda mais dinheiro público ou então utilizar o prédio como sede da Secretaria de Saúde”, declarou Adeliana. Atualmente a Secretaria de Saúde de São José não possui sede própria e paga R$ 15 mil mensais de aluguel.

Para o presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Tito Alfredo Schmitt, é lamentável constatar que o poder executivo, responsável pela fiscalização e criação de normas para construções no município, tenha sido incapaz de planejar de maneira correta o empreendimento. “Estamos diante de um absurdo. Mais uma vez o dinheiro público é usado de maneira irresponsável e quem paga é a população. A situação da saúde em São José é caótica e uma obra dessa importância está perto de ser perdida devido à falta de planejamento”, lamenta.

O presidente cita ainda a perda da quadra de esportes e metade da praça como um dos fatos críticos do projeto da Policlínica. “Vendo essa situação toda, ficamos abismados com a quantidade de erros cometidos no projeto dessa obra e ficamos ainda mais preocupados sabendo que, devido a esse impasse, a população vai ter que sofrer ainda mais nas imensas filas de hospitais e outras unidades de saúde”, desabafa.

A prefeita Adeliana Dal Pont declarou que medidas urgentes têm que ser tomadas para organizar o sistema de saúde de São José. Entre elas, a necessidade de reformar dez unidades de saúde (Forquilhinhas, Serraria, Sertão do Maruim, Sede, Jardim Zanellato, Bela Vista, Morar Bem, Barreiros, Procasa e Forquilhas); reduzir a fila de exames e de raio-X; colocar em funcionamento o CAPS II (Centro de Atenção Psicossocial) e o CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Alcool e Drogas), retomar as obras da UPA de Forquilhinhas e definir quatro distritos de saúde para implantar estratégias de atendimento, além de completar a estratégia saúde da família.

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