O ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial) calculado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) revela que o empresário brasileiro está confiante pela primeira vez este ano.
A pesquisa, realizada a cada três meses, revela que houve uma recuperação de 8,8 pontos neste estudo, na comparação com o de abril, tendo subido de 49,4 pontos para 58,2 pontos. No mesmo mês de 2008, o indicador havia ficado em 58,1 pontos, ou seja, o resultado havia sido parecido. Pela metodologia da pesquisa, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança e valores acima denotam confiança.
A CNI interpretou o resultado como um sinal de reversão das expectativas negativas, que acompanha a recuperação da atividade industrial. Mais otimistas, os empresários devem retomar investimentos e aumentar a produção.
A recuperação da confiança também foi disseminada entre os setores de atividades pesquisados. Dos 27 setores, nada menos que 25 apresentaram aumento da confiança do empresário. Na pesquisa anterior, um terço dos setores teve índice acima dos 50 pontos.
A maior confiança foi registrada entre os empresários do setor de outros equipamentos de transporte, com 63,5 pontos. Em seguida, aparecem os setores de equipamentos hospitalares e de precisão, com 62,8 pontos, e de limpeza e perfumaria, com 62,2 pontos.
Na contramão, os que registraram os menores indicadores de confiança foram os de couro, com 44 pontos, madeira, com 47,4 pontos, e de papel e celulose, com 51,9 pontos.
O indicador cresceu em julho entre os empresários dos três portes de empresas. Nas grandes, passou de 51,8 pontos em abril para 59,4 pontos em julho. Em igual período do ano passado, o número era de 59,9 pontos.
Entre as médias, por sua vez, o índice cresceu de 48,8 pontos em abril para 58,5 pontos. Entre as pequenas, saiu de 46,8 pontos na pesquisa anterior para 56,2 pontos, na última edição. A pesquisa, divulgada no último dia 20 pela CNI, foi realizada com 1.513 empresas (891 pequenas, 415 médias e 207 grandes), entre os dias 30 de junho e 17 deste mês.
Fonte: InfoMoney
