Estudo realizado pela Universidade das Nações Unidas apontou que são utilizados 1,8 tonelada de materiais dos mais diversos tipos para se construir um único computador de mesa, com um monitor tradicional de 17 polegadas. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), são produzidos por ano no mundo de 20 a 50 milhões de toneladas de lixo tecnológico. No Brasil, a maior parte dessa sucata vai parar nos lixões. Essa produção de resíduos, em alta escala, causa danos absurdos ao meio ambiente, como poluição e degradação ambiental. Mas os computadores, assim como os acessórios, celulares e baterias também podem ser reciclados.
Essa foi a alternativa encontrada pela indústria de eletroeletrônicos para a preservação ambiental: reciclar tudo o que já foi e o que será produzido. Algumas indústrias já usam somente metais recicláveis, não poluentes, nos microprocessadores da indústria de hardware. Assim, na medida em que os computadores se tornam inutilizáveis, retornam ao ciclo de produção por meio da logística reversa. Já é comum um país recusar a importação de produtos eletrônicos não recicláveis. Com isso os principais produtos descartados são reaproveitados e devolvidos à cadeia produtiva, poupando os recursos naturais do planeta.
De acordo com a nova PNRS (Política Nacional dos Resíduos Sólidos), os fabricantes, representantes e vendedores de eletroeletrônicos são obrigados a receber de volta os produtos obsoletos dos consumidores. O Brasil recicla tudo o que for de plástico e de metal, mas ainda não recicla os microprocessadores, constituídos por metais nobres e pesados, sem impactar o meio ambiente. Por isso algumas empresas ambientais os enviam em contêineres para os países que os reciclam. Enquanto a lei não entrar de fato em vigor, punindo os infratores, o destino final desses resíduos continuará por conta da consciência e da ética de cada um de nós.
A empresa Reciclashop, associada à AEMFLO e CDL-SJ, e a empresa Compuciclado, parceira da Câmara Socioambiental das entidades, ambas localizadas na Região Metropolitana da Grande Florianópolis, recebem e reciclam computadores usados, peças e acessórios, além de desenvolverem, em parceria, projetos de inclusão digital.
Fonte: Planeta Sustentável