Diferentemente do otimismo demonstrado pelo governador Raimundo Colombo, em encontro com empresários realizado no mês de março, quando chegou a garantir o início das obras da Alça do Contorno em novembro deste ano, novidades levantadas pelo jornal Diário Catarinense apontam outra realidade.
A reportagem denuncia uma série de irregularidades por parte da concessionária responsável pela obra, a Autopista Litoral Sul, além de atrasos na entrega do estudo de impacto ambiental exigido pelo Ibama. O resultado é mais uma vez negativo para a sociedade: o provável adiamento do início das obras - em princípio para 2014 e conclusão somente para 2017.
O estudo ambiental, necessário para liberação do início das obras, o Eia-Rima, e que pode levar até um ano para ser concluído, ainda não começou a ser feito pela Autopista Litoral Sul. Segundo o coordenador de Transportes e Ferrovias do Ibama, Marcus Vinícius Melo, em entrevista ao Diário Catarinense - por meio dos relatórios enviados ao órgão, em geral incompletos e com necessidade de complementação, constata-se que a Autopista Litoral Sul “não tem interesse em gastar dinheiro nesse momento e sim postergar ao máximo a obra”, declarou.
Um sonho de 15 anos de idade. A Alça do Contorno segue sem data para iniciar, enquanto o trânsito piora a cada dia
O presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Tito Alfredo Schmitt, lamenta o impasse em relação à obra, que há 15 anos é esperada pelo caráter de urgência para desafogar o trânsito na região metropolitana de Florianópolis e afirma que a sociedade continuará acompanhando e cobrando respostas. “A situação é complicada. Estamos aguardando uma definição palpável, como um cronograma de obras, por exemplo, para agirmos ainda mais forte no sentido de cobranças. O Comdes (Conselho Metrpolitano para o Desenvolvimento da Grande Florianópolis), que representa os interesses da sociedade civil organizada, continuará com seu caráter participativo e vigilante”, garante.
Concessionária fora da lei
A série de reportagens do Diário Catarinense, intitulada “Pedágio sob suspeita”, divulgou que a Alça de Contorno é apenas uma entre 18 obras que estão sem conclusão, fora do edital, ou entregues fora do prazo. A investigação ainda aponta que até o final da concessão a Autopista Litoral Sul pode ter um lucro indevido de R$ 790 milhões.
Com informações do Diário Catarinense
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