Segundo a última pesquisa do IBGE sobre saneamento, entre os 5.507 municípios do Brasil, mais de 1,3 mil enfrentam problemas com enchentes. A coleta de lixo é amplamente difundida, porém a maioria dos municípios (63,3%) deposita os resíduos em lixões a céu aberto e sem nenhum tratamento e separação.

Os aterros sanitários estão presentes em 13,8% dos municípios brasileiros, e apenas 8% deles afirmam ter coleta seletiva. Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300 toneladas, aproximadamente 2% do lixo produzido, são destinadas à coleta seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em lixões a céu aberto, sem qualquer cuidado seletivo e direcionamento de reciclagem, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.

Em São José, a Acareli (Associação Comunitária Aparecida de Reciclagem de Lixo), recebe todo mês entre 60 e 80 toneladas de lixo potencialmente recicláveis como papéis, plásticos, vidros e metais, que são levados diariamente pelos caminhões da Prefeitura Municipal de São José.

O coordenador da Câmara Socioambiental, Sérgio Oliveira, considera que a participação do poder público é pequena para reverter o quadro. “Ainda está muito além do necessário. Em São José, temos aos sábados, o dia de coleta seletiva, mas ainda é pouco’’. Oliveira acredita que a população deveria ser mais orientada por meio de campanhas. “Dúvidas de como separar o lixo adequadamente, os dias da coleta e as vantagens da coleta para o meio ambiente deveriam ser tiradas. Uma outra ideia seria aumentar o número de dias da coleta seletiva”, completa.

Mudar esse cenário envolve a redução dos padrões sociais de consumo e a inclusão definitiva da separação do lixo no cotidiano das pessoas. As pessoas são responsáveis pelo lixo dos lares. Por isso, algumas atitudes simples como separar o lixo faz a diferença para o meio ambiente.

Com informações de: Jornal Oi São José e Pesquisa Nacional de Saneamento básico (IBGE)