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O fantasma da desindustrialização

03/04/2012

O Brasil é a sexta economia mundial e aparece como destaque pela expansão e pelo potencial de crescimento. Especialistas afirmam que em breve o país passará a ser a quinta economia global. Com isso, imagina-se que todos os setores estão indo bem. No entanto o quadro é outro. E a indústria nacional sofre uma crescente desindustrialização. Consequência dos altos custos de produção, da alta taxa de juros, concorrência desleal contra importados, custo elevado com a manutenção da máquina pública e a falta de incentivos à produção nacional.

Pensando nesses problemas, foi realizada na praça Tancredo Neves, na última quarta-feira (28), o ato “Grito de Alerta”, realizado pela Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina), Cut (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical e Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos). As entidades se reuniram em prol da indústria nacional e chamam atenção ao declínio do setor que, em 1985, representava 27% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, percentual que decaiu para menos de 16% em 2011. Para 2012, a perspectiva é que a queda continue.

Entre as soluções para o problema, está o de controlar o “Custo Brasil” (alta carga tributária, elevado custo de produção, elevado custo da energia e gastos irracionais de administração pública). Medidas que afetem toda a indústria brasileira, e não apenas setores específicos e dependentes de lobby, como por exemplo, a indústria automobilística e os incentivos anuais aos produtos da linha branca. Ajudar a manutenção da força da indústria nacional, como também manter a geração de emprego e o progresso econômico e social da sociedade é essencial para o desenvolvimento da economia brasileira.

O presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Tito Alfredo Schmitt, analisa a questão e admite que medidas precisam ser tomadas. “Infelizmente a China e a Índia estão dominando o mercado global, afetando também o Brasil. A importação sem controle faz esses países exportar seus produtos por um preço incompatível com o custo de produção no Brasil. Essa desindustrialização afeta à geração de emprego e acaba com a indústria nacional. Para combater tal situação o governo federal deve dar mais incentivo as indústrias, reduzir a carga tributária que eleva o custo de vida (ao ponto de ser um dos países mais caros do mundo) e também capacitar nossos jovens e formar uma mão-de-obra qualificada. Com essas ações o Brasil vai conseguir ser dentro de 10 a 15 anos um país de primeiro mundo”.

Com informações do jornal Notícias do Dia

03/04/2012

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